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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Uma das regras estabelecidas no mercado regulatório para a exploração do pré-sal concede o controle operacional de todos os blocos licitados à Petrobras. No entanto, o diretor da Coppe – UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, admitiu nesta quinta-feira que a Petrobras pode precisar de parcerias ao longo da operação. "É um erro pensar que a Petrobras fará tudo sozinha", afirmou Pinguelli.
Segundo ele, o ponto específico do projeto do pré-sal, enviando ao Congresso Nacional, que se refere à operação única só é uma forma de garantir e explicitar a vantagem concedida à Petrobras sobre o recurso natural descoberto.
"Não estamos desprezando ninguém. Acontece que a Petrobras é a melhor empresa na exploração de águas profundas", disse Pinguelli.
Além disso, outro fator preponderante para que a companhia possua algumas regalias diante da riqueza petrolífera é o poder de agregar menor custo à produção, segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa.
Para ele, o fato da empresa ser dona de cerca de 90% das áreas já licitadas do pré-sal e possuir vasto conhecimento na exploração do petróleo garante o menor custo de produção. O que, de acordo com ele, é de interesse tanto do Estado quanto dos sócios da companhia.
"Não há risco no que está acontecendo. Há somente um alinhamento de interesses", disse Barbassa.
A exploração do pré-sal não será fortemente voltada para o mercado externo, segundo Pinguelli. 'O Brasil tem que ter grande controle do pré-sal e uma política de longo prazo, pois a voracidade do mercado é muito intensa. Temos que tomar cuidado com isso. A exemplo do que acontece com o Oriente Médio", afirmou ele.