São Paulo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 08h08.
Brasília - Com dificuldades para tocar sozinha as obras de importantes refinarias de petróleo no Nordeste, a Petrobras precisou ir à China tentar convencer a estatal do setor no país asiático a entrar como sócia nos empreendimentos.
A presidente da companhia, Maria das Graças Foster, aproveitou visita a prováveis investidores nos leilões de petróleo e gás marcados para este ano para tentar formar parcerias também na produção de gasolina e diesel.
A informação foi revelada na quinta-feira (28) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que admitiu "uma certa dificuldade financeira" para a estatal levar adiante os projetos das Refinarias Premium 1 e 2, localizadas no Ceará e no Maranhão.
No caso maranhense, o início do refino de petróleo estava previsto pela Petrobras para 2016, mas o governo estadual já estima que o empreendimento só esteja concluído em 2018.
"Um projeto nessa altura não pode acabar, ele é uma necessidade para o País. Estamos importando gasolina e diesel não porque não temos petróleo, mas porque não temos refinarias", disse Lobão durante o programa de rádio Bom dia ministro, produzido pela Radiobrás.
"Pedi que a Graça fosse à China buscar parceria com estatal para completar a refinaria do Maranhão", completou o ministro. A empresa chinesa em questão é a Sinopec, gigante do setor energético que tem ações listadas nas Bolsas de Hong Kong, Nova York, Londres e Xangai.
Após a participação no programa, Lobão voltou atrás e disse que a viagem da executiva à Ásia na semana passada foi feita, na verdade, a convite de empresários locais interessados em se associarem à Petrobras para a disputa dos leilões de exploração de gás e petróleo.
A 11ª rodada ocorrerá em maio, o leilão de gás não convencional foi antecipado para outubro e o certame do pré-sal está marcado para novembro.
"O modelo contempla a formação de consórcios para explorarem essas áreas junto com a Petrobras. Por isso, a Graça visitou a China e visitará outros países", disse o ministro. "Mas ela recebeu convites para conhecer esses eventuais parceiros, ela não está lá como uma caixeira viajante", completou Lobão.
Térmicas. Lobão voltou a dizer ontem que o governo continua avaliando o pedido das distribuidoras de eletricidade de ajuda para lidar com o alto custo da energia térmica.
Além das companhias de distribuição, as geradoras também vão procurar o governo para pedir socorro para arcarem com pelo menos R$ 600 milhões de um rombo total estimado em R$ 4 bilhões em janeiro.
"Sempre recebemos os agentes do setor e vamos avaliar as demandas", limitou-se a comentar.