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Petrobras importará combustível até 2020, prevê diretor

Mesmo com o aumento da produção de derivados de petróleo, a empresa continuará importando 29% da demanda de combustíveis até 2020

"É importante que as refinarias sejam viáveis economicamente. Os projetos têm maturidade em relação ao plano anterior", afirmou Cosenza (Divulgação/Petrobras)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 15h13.

Rio - A Petrobras trabalha para tornar os projetos de construção das novas refinarias economicamente viáveis, disse o diretor de Abastecimento da empresa, José Carlos Cosenza, em conferência com analistas de mercado, para apresentar o plano de investimento de 2013 a 2017. Ele destacou que a demanda por combustíveis é crescente, porém "é preciso respeitar o tempo de maturidade das refinarias".

"É importante que as refinarias sejam viáveis economicamente. Os projetos têm maturidade em relação ao plano anterior", afirmou Cosenza. O diretor da Petrobras admitiu, no entanto, que, mesmo com a entrada das novas unidades de refino, o Brasil continuará deficitário em combustíveis.

A companhia confirmou os prazos de início da operação das refinarias em construção. Mesmo com o aumento da produção de derivados de petróleo, a empresa continuará importando 29% da demanda de combustíveis até 2020, o equivalente a um déficit de 972 mil barris por dia - saldo entre a capacidade de processamento de petróleo da estatal, de 2,4 milhões de barris por dia, e a demanda de 3,38 milhões de barris por dia.

Segundo o cronograma apresentado ao mercado, a primeira fase da Refinaria do Nordeste (Rnest), de 115 mil barris por dia (b/d), iniciará operação em novembro de 2014 e a segunda (115 mil b/d), em maio de 2015; a primeira fase do Comperj (de 165 mil b/d) entrará em abril de 2015 e a segunda (300 mil b/d), em janeiro de 2018; a primeira fase da refinaria Premium I (300 mil b/d) entrará em outubro de 2017, e a segunda (300 mil b/d), em outubro de 2020; enquanto a Premium II (300 mil b/d) entrará em dezembro de 2017.


A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que foram desinvestidos no ano passado em torno de US$ 4 bilhões. O plano de negócios de 2012-2016 previa um total de US$ 14,8 bilhões, enquanto o plano de 2013-2017 prevê US$ 4,9 bilhões a menos, US$ 9,9 bilhões.

Graça preferiu não comentar se houve aumento da participação dos ativos para venda no Brasil. Mas negou a informação de que a companhia poderia reunir 11 refinarias numa subsidiária e vender 30% para um parceiro.

Ela confirmou no entanto que a companhia está "em negociação de ativos na Argentina", mas preferiu não dar mais detalhes, por considerar que atrapalham o negócio.

Grau de investimento

O diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que o grau de investimento da companhia deverá ser mantido porque as empresas de classificação de risco olham para o futuro da companhia, não para dificuldades momentâneas. "Quando uma empresa é classificada (grau de investimento), se olha para o futuro, não se olha só um momento pontual", disse.

Ele explicou também o compromisso da empresa de não emitir novas ações dizendo que não faria sentido emiti-las para depois recomprá-las mais à frente.

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Rio - A Petrobras trabalha para tornar os projetos de construção das novas refinarias economicamente viáveis, disse o diretor de Abastecimento da empresa, José Carlos Cosenza, em conferência com analistas de mercado, para apresentar o plano de investimento de 2013 a 2017. Ele destacou que a demanda por combustíveis é crescente, porém "é preciso respeitar o tempo de maturidade das refinarias".

"É importante que as refinarias sejam viáveis economicamente. Os projetos têm maturidade em relação ao plano anterior", afirmou Cosenza. O diretor da Petrobras admitiu, no entanto, que, mesmo com a entrada das novas unidades de refino, o Brasil continuará deficitário em combustíveis.

A companhia confirmou os prazos de início da operação das refinarias em construção. Mesmo com o aumento da produção de derivados de petróleo, a empresa continuará importando 29% da demanda de combustíveis até 2020, o equivalente a um déficit de 972 mil barris por dia - saldo entre a capacidade de processamento de petróleo da estatal, de 2,4 milhões de barris por dia, e a demanda de 3,38 milhões de barris por dia.

Segundo o cronograma apresentado ao mercado, a primeira fase da Refinaria do Nordeste (Rnest), de 115 mil barris por dia (b/d), iniciará operação em novembro de 2014 e a segunda (115 mil b/d), em maio de 2015; a primeira fase do Comperj (de 165 mil b/d) entrará em abril de 2015 e a segunda (300 mil b/d), em janeiro de 2018; a primeira fase da refinaria Premium I (300 mil b/d) entrará em outubro de 2017, e a segunda (300 mil b/d), em outubro de 2020; enquanto a Premium II (300 mil b/d) entrará em dezembro de 2017.


A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que foram desinvestidos no ano passado em torno de US$ 4 bilhões. O plano de negócios de 2012-2016 previa um total de US$ 14,8 bilhões, enquanto o plano de 2013-2017 prevê US$ 4,9 bilhões a menos, US$ 9,9 bilhões.

Graça preferiu não comentar se houve aumento da participação dos ativos para venda no Brasil. Mas negou a informação de que a companhia poderia reunir 11 refinarias numa subsidiária e vender 30% para um parceiro.

Ela confirmou no entanto que a companhia está "em negociação de ativos na Argentina", mas preferiu não dar mais detalhes, por considerar que atrapalham o negócio.

Grau de investimento

O diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que o grau de investimento da companhia deverá ser mantido porque as empresas de classificação de risco olham para o futuro da companhia, não para dificuldades momentâneas. "Quando uma empresa é classificada (grau de investimento), se olha para o futuro, não se olha só um momento pontual", disse.

Ele explicou também o compromisso da empresa de não emitir novas ações dizendo que não faria sentido emiti-las para depois recomprá-las mais à frente.

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