Petrobras fecha licitação recorde de US$ 76 bi
Empresa contratou 26 sondas de perfuração por um valor bilionário
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 09h16.
Rio de Janeiro - Em uma das maiores licitações realizadas no mundo, a Petrobras contratou 26 sondas de perfuração por um valor da ordem de 76 bilhões de dólares, com o objetivo de impulsionar a exploração do petróleo no Brasil, especialmente as gigantes reservas do pré-sal.
"Nunca nenhuma empresa contratou esse número de sondas de uma vez", afirmou uma fonte da estatal à Reuters nesta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Administração que definiu a concorrência.
Segundo a fonte, agências de crédito dos Estados Unidos e da Noruega financiarão parte do valor necessário para a construção das unidades de perfuração, já que exportarão equipamentos que serão usados na sua fabricação, antecipou a fonte da Petrobras.
O maior financiador das encomendas será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acrescentou. Os empréstimos deverão ser feitos pelas empresas que venceram a concorrência.
Os contratos da encomenda bilionária serão divididos entre as duas empresas que disputavam a licitação: a Sete Brasil, constituída por fundos de pensão e bancos de investimento, e que conta com capital de 10 por cento da própria Petrobras; e a Ocean Rig do Brasil, ligada ao empresário German Efromovich.
A Sete Brasil terá contrato de afretamento de 21 unidades de perfuração pela taxa média diária de 530 mil dólares, enquanto a Ocean, de cinco unidades, com taxa diária média de 548 mil dólares.
A decisão foi antecipada pela Reuters , assim como a estratégia de aumentar o tamanho da licitação.
Inicialmente, a estatal contrataria 21 unidades de perfuração, mas aumentou o número "em função das condições apresentadas pelas empresas e a demanda existente para o desenvolvimento dos projetos futuros", conforme justificou em comunicado.
Os contratos entre a Petrobras e as duas empresas terão prazo de 15 anos, informou a empresa.
As sondas fazem parte do plano da Petrobras de fomentar a indústria naval do país e garantir equipamentos para a exploração do pré-sal.
O conteúdo nacional das sondas previsto nos contratos varia entre 55 e 65 por cento, informou a Petrobras. O prazo de entrega é varia de 4 a 7,5 anos.
"A implementação do projeto considera a construção de novos estaleiros no país, além da utilização da infraestrutura já existente", disse a estatal em nota.
O pacote inicial previa a construção de 28 sondas no país, das quais sete unidades já foram contratadas junto à Sete Brasil e devem ser construídas no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, controlado pelas construtoras Camargo Correa e Queiroz Galvão, além da sul-coreana Samsung.
Ou seja, com a contratação das 26 anunciada nesta quinta-feira, o pacote sobe para 33 sondas.
A grande licitação ocorre num momento em que a produção da Petrobras está praticamente estagnada.
Um dos argumentos da companhia para explicar por que a meta de produção de petróleo não foi cumprida em 2011 é a dificuldade de conseguir equipamentos no mercado internacional.
Nesta quinta-feira, a Petrobras divulgou uma queda de mais de 50 por cento no lucro do quarto trimestre, e analistas avaliam que o fato de a produção não ter crescido muito durante 2011 pode ter colaborado negativamente para o resultado.
Contratos
Os contratos preveem a possibilidade de redução de preços, dependendo das condições de financiamento oferecidas pelo BNDES aos equipamentos de perfuração.
"A expectativa é que as taxas diárias médias possam ser reduzidas para os valores de até 500 mil dólares no contrato com a Sete Brasil e 535 mil dólares no contrato com a Ocean Rig. Esses valores podem ainda ser reduzidos caso as partes identifiquem e acordem mecanismos para redução de custos", afirmou a companhia.
Rio de Janeiro - Em uma das maiores licitações realizadas no mundo, a Petrobras contratou 26 sondas de perfuração por um valor da ordem de 76 bilhões de dólares, com o objetivo de impulsionar a exploração do petróleo no Brasil, especialmente as gigantes reservas do pré-sal.
"Nunca nenhuma empresa contratou esse número de sondas de uma vez", afirmou uma fonte da estatal à Reuters nesta quinta-feira, após a reunião do Conselho de Administração que definiu a concorrência.
Segundo a fonte, agências de crédito dos Estados Unidos e da Noruega financiarão parte do valor necessário para a construção das unidades de perfuração, já que exportarão equipamentos que serão usados na sua fabricação, antecipou a fonte da Petrobras.
O maior financiador das encomendas será o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acrescentou. Os empréstimos deverão ser feitos pelas empresas que venceram a concorrência.
Os contratos da encomenda bilionária serão divididos entre as duas empresas que disputavam a licitação: a Sete Brasil, constituída por fundos de pensão e bancos de investimento, e que conta com capital de 10 por cento da própria Petrobras; e a Ocean Rig do Brasil, ligada ao empresário German Efromovich.
A Sete Brasil terá contrato de afretamento de 21 unidades de perfuração pela taxa média diária de 530 mil dólares, enquanto a Ocean, de cinco unidades, com taxa diária média de 548 mil dólares.
A decisão foi antecipada pela Reuters , assim como a estratégia de aumentar o tamanho da licitação.
Inicialmente, a estatal contrataria 21 unidades de perfuração, mas aumentou o número "em função das condições apresentadas pelas empresas e a demanda existente para o desenvolvimento dos projetos futuros", conforme justificou em comunicado.
Os contratos entre a Petrobras e as duas empresas terão prazo de 15 anos, informou a empresa.
As sondas fazem parte do plano da Petrobras de fomentar a indústria naval do país e garantir equipamentos para a exploração do pré-sal.
O conteúdo nacional das sondas previsto nos contratos varia entre 55 e 65 por cento, informou a Petrobras. O prazo de entrega é varia de 4 a 7,5 anos.
"A implementação do projeto considera a construção de novos estaleiros no país, além da utilização da infraestrutura já existente", disse a estatal em nota.
O pacote inicial previa a construção de 28 sondas no país, das quais sete unidades já foram contratadas junto à Sete Brasil e devem ser construídas no estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, controlado pelas construtoras Camargo Correa e Queiroz Galvão, além da sul-coreana Samsung.
Ou seja, com a contratação das 26 anunciada nesta quinta-feira, o pacote sobe para 33 sondas.
A grande licitação ocorre num momento em que a produção da Petrobras está praticamente estagnada.
Um dos argumentos da companhia para explicar por que a meta de produção de petróleo não foi cumprida em 2011 é a dificuldade de conseguir equipamentos no mercado internacional.
Nesta quinta-feira, a Petrobras divulgou uma queda de mais de 50 por cento no lucro do quarto trimestre, e analistas avaliam que o fato de a produção não ter crescido muito durante 2011 pode ter colaborado negativamente para o resultado.
Contratos
Os contratos preveem a possibilidade de redução de preços, dependendo das condições de financiamento oferecidas pelo BNDES aos equipamentos de perfuração.
"A expectativa é que as taxas diárias médias possam ser reduzidas para os valores de até 500 mil dólares no contrato com a Sete Brasil e 535 mil dólares no contrato com a Ocean Rig. Esses valores podem ainda ser reduzidos caso as partes identifiquem e acordem mecanismos para redução de custos", afirmou a companhia.