Petrobras fecha contrato para vender Liquigás por R$ 3,7 bi
A estatal informou que assinou com a Copagaz e a Nacional Gás Butano um contrato para a venda de toda a sua participação na distribuidora de gás
Reuters
Publicado em 19 de novembro de 2019 às 18h36.
Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 19h29.
São Paulo - A Petrobras informou nesta terça-feira (19) que assinou com a Copagaz e a Nacional Gás Butano contrato para a venda da totalidade da sua participação na distribuidora de gás liquefeito de petróleo Liquigás , por 3,7 bilhões de reais.
Não foram informados quais os percentuais que cada empresa deterá na Liquigás.
Como parte da estruturação da operação, a Itaúsa reiterou em separado que irá investir aproximadamente 1,4 bilhão de reais na Copagaz, passando a deter 49% do capital social dessa companhia.
"A Copagaz, que permanecerá sob controle acionário dos atuais acionistas, aplicará ao negócio combinado suas reconhecidas práticas de gestão e experiência de mais de 60 anos no mercado", disse a Itaúsa, holding controladora do Itaú Unibanco.
Já a Nacional Gás, segundo a Itaúsa, adquirirá fatia minoritária na Liquigás e passará, após fechamento da operação e posterior implementação de reorganização societária, a ser detentora de operações em determinadas localidades.
A negociação da unidade de gás, uma subsidiária integral da Petrobras que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), acontece em meio a um plano bilionário de venda de ativos da petroleira estatal, que busca focar suas atividades no pré-sal.
A Liquigás está presente em quase todos os Estados brasileiros, e conta com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado.
Já a Copagaz distribui GLP para cerca de 1.800 municípios, localizados em 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal, sendo a quinta maior empresa do setor no país, segundo a Petrobras.
O fechamento da transação ainda está sujeito ao cumprimento de condições precedentes, dentre elas a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).