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Petrobras estuda alianças com Statoil e Galp

Segundo o presidente da estatal, Pedro Parente, as duas estão entre as "várias empresas importantes" com as quais a Petrobras tem dialogado

Petrobras: intenção é concentrar as atividades em petróleo e gás, para regressar "em cinco anos" aos outros setores (Ueslei Marcelino/Reuters)
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AFP

Publicado em 7 de março de 2017 às 09h30.

A Petrobras está em discussões com a norueguesa Statoil e a portuguesa Galp para fechar parcerias, afirmou o presidente da estatal, Pedro Parente, em entrevista ao jornal francês Les Echos, na qual destaca que a empresa busca "virar a página" do grande escândalo de corrupção.

"Temos um plano muito claro para virar a página", disse Parente na entrevista ao jornal econômico.

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"Temos que implementá-lo, esta é a verdadeira dificuldade", afirmou o presidente da Petrobras, nomeado ano passado pelo presidente Michel Temer.

A Petrobras está no centro de um grande escândalo de corrupção, que nas palavras de Parente custou "bilhões de reais".

"A Petrobras foi vítima da corrupção", afirmou o executivo, antes de garantir, no entanto, que "a situação está melhorando".

Parente indicou ao jornal que a Petrobras está "em discussão com várias empresas importantes, entre elas a norueguesa Statoil e a portuguesa Galp".

"A assinatura de associações estratégicas constitui um dos grandes eixos de nosso plano a cinco anos", declarou Parente, que em outubro de 2016 assinou uma aliança com a Total, modelo que deseja replicar com ouros grupos.

"Estamos interessados em particular na experiência da Total em exploração offshore em águas profundas no oeste da África, cuja geologia é sensivelmente a mesma que as costas do Brasil", explicou.

Questionado sobre o desenvolvimento das reservas do pré-sal, Parente afirmou que "dadas as restrições financeiras do país e da Petrobras, desenvolver sozinhos estes recursos tomaria um tempo considerável".

Para reduzir a dívida à metade dentro de dois anos, Parente afirma que deseja concentrar as atividades em petróleo e gás, para regressar "em cinco anos" aos outros setores, desde o etanol à petroquímica e os fertilizantes.

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