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Petrobras deve vender fatia restante na BR Distribuidora no 2° semestre

Empresa foi privatizada no ano passado por meio de uma oferta de ações; agora, Petrobras quer vender o máximo que conseguir da participação de 37,5%

Posto da BR Distribuidora: pelas cotações atuais, a fatia da Petrobras vale 9,7 bilhões de reais (Victor Moriyama/Bloomberg)

Posto da BR Distribuidora: pelas cotações atuais, a fatia da Petrobras vale 9,7 bilhões de reais (Victor Moriyama/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 17 de junho de 2020 às 17h31.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 22h02.

A estatal Petrobras está retomando os planos de venda de sua participação remanescente na BR Distribuidora, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto.

A empresa pretende tentar vender sua fatia no segundo semestre, numa data ainda não definida, afirmaram as fontes, que pediram anonimato para expor conversas privadas sobre o assunto.

A BR Distribuidora foi privatizada no ano passado por meio de uma oferta de ações. Agora, a Petrobras quer vender o máximo que conseguir da participação remanescente de 37,5% na distribuidora, que opera 7.700 postos de combustíveis em todo o país, segundo informações de seu website.

As vendas fazem parte do programa de desinvestimento da Petrobras, que pretende vender até 30 bilhões de dólares em ativos até 2024, visando reduzir sua dívida.

Os planos foram desacelerados recentemente por causa das turbulências no mercado relacionadas à pandemia de coronavírus, o que levou a empresa a revisar suas projeções para dívida bruta ao final de 2020 para o mesmo patamar de fechamento de 2019.

Pelas cotações atuais, a fatia da Petrobras vale 9,7 bilhões de reais. As ações da BR Distribuidora afundaram em meio às medidas de restrição impostas para conter o avanço do coronavírus. Elas se recuperaram parcialmente desde então, mas ainda acumulam queda de 25% no ano.

As fontes acrescentaram que a BR Distribuidora também vai levantar capital com a emissão de novas ações, com o objetivo de fortalecer seu caixa, mas a porção dessa oferta será muito menor do que a que compreende as ações de propriedade da Petrobras.

Em janeiro, a Petrobras contratou as unidades de bancos de investimento do Morgan Stanley, JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Itaú Unibanco, XP, Bank of America e Citigroup para coordenar a oferta.

O "timing" da venda dependerá do desempenho das ações da BR, que a Petrobras espera que tenham maior recuperação à medida que o Brasil reabra sua economia depois de medidas de isolamento devido ao coronavírus, disseram as fontes.

Petrobras e BR Distribuidora não comentaram imediatamente o assunto.

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