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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Rio de Janeiro - Os esforços do governo para destravar o processo de capitalização da Petrobras indicam a difícil equação com a qual a empresa terá que lidar nos próximos anos. Com uma dívida na casa dos R$ 100 bilhões, a estatal está prestes a atingir seu limite de endividamento. Sem a capitalização, dizem analistas, a empresa não terá condições de arcar com todos os investimentos anunciados, como o desenvolvimento do pré-sal e as novas refinarias.
A capitalização da Petrobras esteve em pauta nos últimos dias, diante de medidas aprovadas pelo governo para agilizar o processo e de algumas reações negativas, que culminaram com o rebaixamento das ações da empresa pelos bancos JP Morgan e UBS. Nos dois primeiros dias da semana, quando os rebaixamentos foram anunciados, as ações da companhia caíram quase 7,5%. Os papéis continuaram em queda, mas com forte influência da crise financeira global.
Mesmo com todas as dúvidas sobre o processo, é consenso no mercado que a Petrobras conseguirá fazer algum tipo de capitalização, mesmo que os prazos políticos não permitam a aprovação do projeto de lei que prevê a venda de reservas do governo para a estatal, processo chamado de cessão onerosa. Há expectativa sobre um plano B, que seria a colocação de ações no mercado sem a cessão, em uma capitalização de menor porte.
O adiamento de alguns projetos não parece ser levado em conta pela companhia, que já anunciou investimentos entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões para os próximos cinco anos. Tal orçamento é justamente a razão pela qual o governo pressiona pela capitalização. A Petrobras fechou o ano de 2009 com uma dívida de R$ 100,329 bilhões, a maior de sua história, 55% superior ao registrado no fim de 2008. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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