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Petrobras deve anunciar até sexta-feira novos diretores

A dispensa dos diretores será submetida na quinta-feira ao Conselho de Administração da Petrobras, que deverá referendar a decisão de Dilma e de Graça Foster

Oficialmente, a estatal não confirmava, até o fim da noite, a substituição dos três diretores (Agência Petrobras/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 22h18.

Rio de Janeiro - A Petrobras deverá anunciar até sexta-feira a substituição de três de seus sete diretores. O afastamento de Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços e Engenharia) e Jorge Zelada (Internacional) foi acertado nesta quarta-feira em Brasília durante reunião entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster.

A partir do início da noite, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, começou a contatar os diretores que serão afastados. Os três chegaram aos cargos com respaldo político, o que indica que a presidente da petrolífera, no cargo há 80 dias, tende a tornar sua gestão mais técnica.

A dispensa dos diretores será submetida na quinta-feira ao Conselho de Administração da Petrobras, que deverá referendar a decisão de Dilma e de Graça. Oficialmente, a estatal não confirmava, até o fim da noite, a substituição dos três diretores.

Os nomes dos substitutos estão sendo mantidos em sigilo. O gerente do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), Carlos Tadeu da Costa Fraga, é um dos cotados. Ele chegou a ser cogitado para assumir a Diretoria de Exploração e Produção, quando o ex-diretor Guilherme Estrella deixou o cargo, em fevereiro passado. Acabou preterido pelo atual diretor, José Formigli, que não teve indicação partidária.

Outros nomes comentados na empresa são os do gerente-executivo de Novos Negócios da Área Internacional, Publio Bonfadini, na vaga de Zelada; Luiz Eduardo Valente Moreira, gerente-executivo de Gás-Química e Liquefação; e o presidente da Petrobras Chile, Otávio Ladvocat, para a Diretoria Internacional.

Funcionários concursados da Petrobras, Duque, Zelada e Costa são diretores antigos. O diretor de Engenharia ocupava o cargo desde janeiro de 2003. Integrou a primeira diretoria do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Paulo Roberto estava à frente da Diretoria de Abastecimento desde maio de 2004. Zelada assumiu a Internacional um ano depois.

Duque já era considerada de saída da direção da Petrobras desde 2010, quando pediu demissão, negada pelo então presidente José Sérgio Gabrielli. O diretor era uma indicação pessoal do ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu, que manteve sua influência na Petrobras mesmo afastado do governo e da política, em razão de seus vínculos políticos com Gabrielli. Paulo Roberto Costa chegou à direção da Petrobras pelo PP, indicado pelo deputado José Janene, que já morreu. No cargo, passou a ter o apoio de setores influentes do PT, do PR e especialmente de senadores e deputados importantes do PMDB, ligados ao grupo comandado pelo ex-presidente José Sarney.

O amparo político a Jorge Zelada é menos expressivo, mas o manteve na direção por sete anos, mesmo criticado pelo desempenho abaixo do esperado, desde a gestão Gabrielli. O diretor da área internacional teve a indicação e o apoio do PMDB, principalmente das bancadas federais do Estado do Rio e Minas Gerais.

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Rio de Janeiro - A Petrobras deverá anunciar até sexta-feira a substituição de três de seus sete diretores. O afastamento de Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Serviços e Engenharia) e Jorge Zelada (Internacional) foi acertado nesta quarta-feira em Brasília durante reunião entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster.

A partir do início da noite, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, começou a contatar os diretores que serão afastados. Os três chegaram aos cargos com respaldo político, o que indica que a presidente da petrolífera, no cargo há 80 dias, tende a tornar sua gestão mais técnica.

A dispensa dos diretores será submetida na quinta-feira ao Conselho de Administração da Petrobras, que deverá referendar a decisão de Dilma e de Graça. Oficialmente, a estatal não confirmava, até o fim da noite, a substituição dos três diretores.

Os nomes dos substitutos estão sendo mantidos em sigilo. O gerente do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), Carlos Tadeu da Costa Fraga, é um dos cotados. Ele chegou a ser cogitado para assumir a Diretoria de Exploração e Produção, quando o ex-diretor Guilherme Estrella deixou o cargo, em fevereiro passado. Acabou preterido pelo atual diretor, José Formigli, que não teve indicação partidária.

Outros nomes comentados na empresa são os do gerente-executivo de Novos Negócios da Área Internacional, Publio Bonfadini, na vaga de Zelada; Luiz Eduardo Valente Moreira, gerente-executivo de Gás-Química e Liquefação; e o presidente da Petrobras Chile, Otávio Ladvocat, para a Diretoria Internacional.

Funcionários concursados da Petrobras, Duque, Zelada e Costa são diretores antigos. O diretor de Engenharia ocupava o cargo desde janeiro de 2003. Integrou a primeira diretoria do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Paulo Roberto estava à frente da Diretoria de Abastecimento desde maio de 2004. Zelada assumiu a Internacional um ano depois.

Duque já era considerada de saída da direção da Petrobras desde 2010, quando pediu demissão, negada pelo então presidente José Sérgio Gabrielli. O diretor era uma indicação pessoal do ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu, que manteve sua influência na Petrobras mesmo afastado do governo e da política, em razão de seus vínculos políticos com Gabrielli. Paulo Roberto Costa chegou à direção da Petrobras pelo PP, indicado pelo deputado José Janene, que já morreu. No cargo, passou a ter o apoio de setores influentes do PT, do PR e especialmente de senadores e deputados importantes do PMDB, ligados ao grupo comandado pelo ex-presidente José Sarney.

O amparo político a Jorge Zelada é menos expressivo, mas o manteve na direção por sete anos, mesmo criticado pelo desempenho abaixo do esperado, desde a gestão Gabrielli. O diretor da área internacional teve a indicação e o apoio do PMDB, principalmente das bancadas federais do Estado do Rio e Minas Gerais.

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