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Petrobras: câmbio eleva pressão por reajuste de combustível

A gigante petroleira amargou perdas de 17,3 bilhões de reais em sua unidade de abastecimento nos primeiros nove meses do ano

Plataforma P-56 da Petrobras em Angra dos Reis: desde o final de junho, o petróleo Brent, uma referência para a Petrobras, subiu 23 por cento (Ari Versiani/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 22h26.

Brasília - Um enfraquecimento maior do real frente ao dólar poderia aumentar a pressão para que o governo autorize a estatal Petrobras reajustar os preços dos combustíveis, disse nesta quarta-feira a presidente da companhia, Maria das Graças Foster.

A gigante petroleira amargou perdas de 17,3 bilhões de reais em sua unidade de abastecimento nos primeiros nove meses do ano, com o governo impedindo que os preços dos combustíveis no mercado interno oscilem em linha com as cotações internacionais.

"Se o Brent continua nos patamares que está ou se mais elevado, se houver uma depreciação do real maior do que temos hoje, nós teremos uma necessidade mais premente de aumento de combustível", afirmou a executiva.

O dólar fechou em alta de 0,69 por cento, a 2,0952 reais na venda nesta quarta-feira, mantendo-se no maior nível de fechamento desde o dia 15 de maio de 2009. No mês, a moeda norte-americana acumula alta de 3,2 por cento ante o real.

O real fraco, além de tornar as importações de combustíveis, petróleo e equipamentos mais caras, eleva os custos das dívida denominada em dólar.


Desde o final de junho, o petróleo Brent, uma referência para a Petrobras, subiu 23 por cento.

Alguns traders e analistas acreditam que o governo vai aliviar sua banda informal para o câmbio, permitindo que o real se enfraqueça para que as exportações do país fiquem mais competitivas.

Graça Foster, como a presidente da Petrobras prefere ser chamada, também destacou que, se o Brent cair, não haveria necessidade aumento. "Vamos supor que a Brent caia como caiu em 2009, não vai ter um aumento de combustível."

A presidente da Petrobras afirmou também que não há uma data definida para o reajuste de preços, mas não descartou a hipótese de que isso ocorra em 2013.

"Eu não posso dizer que não haverá um aumento de combustível no ano que vem."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o aumento dos combustíveis virá no momento certo, e negou que a estatal tenha pedido aumento de preços dos combustíveis.

Mantega --que é presidente do Conselho da Petrobras-- e a presidente da estatal ressaltaram que a empresa não está com problema de caixa e tampouco com dificuldade para investir.

"O que estou deixando absolutamente claro é que hoje há uma perfeita harmonia entre o caixa da Petrobras saudável e a sua capacidade de investimento... Estou dizendo aos senhores que é o maior investimento que o Petrobras fez em toda a sua historia no ano de 2012", declarou a Graça Foster, após receber uma condecoração no Congresso.

O plano da Petrobras é investir mais de 230 bilhões de dólares no período de cinco anos.

As perdas na unidade de abastecimento da estatal contribuíram para a empresa tivesse no segundo trimestre o primeiro prejuízo em mais de 13 anos.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 2,67 por cento, a 18,62 reais, menor valor de fechamento em mais de quatro meses. No ano, as ações acumulam perda de 11 por cento.

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Brasília - Um enfraquecimento maior do real frente ao dólar poderia aumentar a pressão para que o governo autorize a estatal Petrobras reajustar os preços dos combustíveis, disse nesta quarta-feira a presidente da companhia, Maria das Graças Foster.

A gigante petroleira amargou perdas de 17,3 bilhões de reais em sua unidade de abastecimento nos primeiros nove meses do ano, com o governo impedindo que os preços dos combustíveis no mercado interno oscilem em linha com as cotações internacionais.

"Se o Brent continua nos patamares que está ou se mais elevado, se houver uma depreciação do real maior do que temos hoje, nós teremos uma necessidade mais premente de aumento de combustível", afirmou a executiva.

O dólar fechou em alta de 0,69 por cento, a 2,0952 reais na venda nesta quarta-feira, mantendo-se no maior nível de fechamento desde o dia 15 de maio de 2009. No mês, a moeda norte-americana acumula alta de 3,2 por cento ante o real.

O real fraco, além de tornar as importações de combustíveis, petróleo e equipamentos mais caras, eleva os custos das dívida denominada em dólar.


Desde o final de junho, o petróleo Brent, uma referência para a Petrobras, subiu 23 por cento.

Alguns traders e analistas acreditam que o governo vai aliviar sua banda informal para o câmbio, permitindo que o real se enfraqueça para que as exportações do país fiquem mais competitivas.

Graça Foster, como a presidente da Petrobras prefere ser chamada, também destacou que, se o Brent cair, não haveria necessidade aumento. "Vamos supor que a Brent caia como caiu em 2009, não vai ter um aumento de combustível."

A presidente da Petrobras afirmou também que não há uma data definida para o reajuste de preços, mas não descartou a hipótese de que isso ocorra em 2013.

"Eu não posso dizer que não haverá um aumento de combustível no ano que vem."

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o aumento dos combustíveis virá no momento certo, e negou que a estatal tenha pedido aumento de preços dos combustíveis.

Mantega --que é presidente do Conselho da Petrobras-- e a presidente da estatal ressaltaram que a empresa não está com problema de caixa e tampouco com dificuldade para investir.

"O que estou deixando absolutamente claro é que hoje há uma perfeita harmonia entre o caixa da Petrobras saudável e a sua capacidade de investimento... Estou dizendo aos senhores que é o maior investimento que o Petrobras fez em toda a sua historia no ano de 2012", declarou a Graça Foster, após receber uma condecoração no Congresso.

O plano da Petrobras é investir mais de 230 bilhões de dólares no período de cinco anos.

As perdas na unidade de abastecimento da estatal contribuíram para a empresa tivesse no segundo trimestre o primeiro prejuízo em mais de 13 anos.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em queda de 2,67 por cento, a 18,62 reais, menor valor de fechamento em mais de quatro meses. No ano, as ações acumulam perda de 11 por cento.

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