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Petrobras bate recorde de exportação de petróleo em abril

A China ficou com 60% do total das vendas, que também foram para os mercados americano, europeu, indiano e outros destinos na Ásia

Petrobrás: estatal explicou que o esforço de venda externa se deve à contração do mercado interno e em meio ao "período desafiador da economia mundial" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Petrobrás: estatal explicou que o esforço de venda externa se deve à contração do mercado interno e em meio ao "período desafiador da economia mundial" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de maio de 2020 às 12h55.

A Petrobras informou nesta segunda-feira, 4, que bateu recorde de exportação de petróleo em abril, com a marca de 30,4 milhões de barris, uma média de 1 milhão de barris diários, em meio à pior crise já atravessada pelo setor por causa da pandemia do novo coronavírus, que afetou drasticamente a demanda global pela commodity.

A empresa não informou o valor das exportações, mas disse que "contribui para o reforço de caixa da companhia".

"O volume exportado em abril é 145% superior ao comercializado internacionalmente em abril de 2019. O recorde anterior era de 771 mil barris por dia, alcançado em dezembro de 2019", informou a estatal em nota no período da manhã desta segunda-feira.

O principal destino das vendas externas foi a China, que ficou com 60% do total vendido. Além do gigante asiático, a Petrobras usualmente comercializa petróleo para os mercados americano, europeu, indiano e outros destinos na Ásia.

"Estamos direcionando nossos esforços para exportação de petróleo e derivados por meio de uma série de ações logísticas, que possibilitam a expansão da nossa capacidade. Esperamos continuar com uma boa performance das nossas exportações, em função da retomada da demanda da China, em conjunto com ações para desenvolver novos mercados para nossos produtos", afirmou na nota a diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara.

A estatal explicou que o esforço de venda externa se deve à contração do mercado interno e em meio ao "período desafiador da economia mundial, com grande redução da demanda global por petróleo e derivados, ocasionada pelo surto do novo coronavírus."

Com a queda da demanda interna, com redução pela metade das vendas de gasolina, e de cerca de 20% do óleo diesel, a Petrobras se viu obrigada a diminuir a capacidade de utilização das suas refinarias, que chegou a cair pela metade, mas hoje gira em torno dos 62%, segundo boletim do Ministério de Minas e Energia.

"Estamos atentos aos movimentos internacionais e acessando todos os mercados. Nosso petróleo, de baixo teor de enxofre, mantém sua valorização no mercado internacional em função das especificações do IMO 2020", disse Lara.

Segundo a Petrobras, o crescimento nas exportações acompanha tendência observada no primeiro trimestre de 2020, quando as vendas ao exterior tiveram aumento de 25% em relação ao trimestre anterior (4º trimestre de 2019).

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