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Petrobras aguarda consulta pública para discutir ritmo de reajustes

Novo presidente da empresa, Ivan Monteiro, disse que a estatal contribuirá com a consulta pública da ANP e, só depois, decidirá sua atuação comercial

Petrobras: empresa realiza atualmente reajustes quase diários nos preços da gasolina vendida em suas refinarias (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: empresa realiza atualmente reajustes quase diários nos preços da gasolina vendida em suas refinarias (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de junho de 2018 às 17h49.

Rio de Janeiro - A Petrobras contribuirá com consulta pública que será aberta pela agência reguladora ANP na próxima semana sobre a periodicidade dos reajustes dos preços de combustíveis no Brasil e aguardará resultados da iniciativa antes de decidir se será necessária uma mudança na frequência dos reajustes realizados pela companhia, afirmou a jornalistas nesta quinta-feira o presidente Ivan Monteiro.

Atualmente, a empresa realiza reajustes quase que diários nos preços da gasolina vendida em suas refinarias, refletindo movimentos de indicadores do mercado internacional, como barril do petróleo e dólar, dentre outros fatores.

No caso do diesel, a empresa aceitou interromper os ajustes diários, após o governo federal fechar um acordo com caminhoneiros para encerrar uma greve, contra altos preços do combustível fóssil. A interrupção dos ajustes foi adotada pela Petrobras mediante recebimento de uma subvenção compensatória.

"A Petrobras vai aguardar o início desse processo de consulta pública, que me parece ter dois pilares bem claros que são liberdade e competição... vamos aguardar com calma, vamos contribuir para a consulta e tomar a decisão sobre a atuação comercial da Petrobras após o resultado", disse Monteiro, após leilão de blocos de petróleo, no Rio de Janeiro.

Foi a primeira entrevista de Monteiro após assumir a presidencia da empresa, na última segunda-feira, ocupando a cadeira que pertencia antes a Pedro Parente, que renunciou em meio a crise disparada pelos preços de combustíveis.

Questionado diversas vezes se poderia alterar a frequência dos reajustes de preços, Monteiro evitou adiantar informações.

"É importante aguardar o resultado da consulta. Apenas após o resultado da consulta pública vamos contribuir... a companhia vai voltar a discutir de novo, mas não tem nenhuma decisão", frisou Monteiro.

A consulta pública visa obter contribuições da sociedade para a elaboração de uma resolução sobre periodicidade do repasse dos reajustes de preços de combustíveis.

O processo será realizado entre 11 de junho e 2 de julho e é aberto a órgãos e entidades dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a todo mercado petrolífero, aos consumidores, a segmentos técnicos e ao público interessado no tema.

Ainda no leilão, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, defendeu um mercado livre e competitivo no Brasil. Oddone frisou que a agência não tem intenção de interferir na política de preços da Petrobras ou de qualquer empresa no Brasil.

Segundo ele, a decisão de realizar uma consulta pública sobre o tema veio da ANP em busca de trazer estabilidade ao mercado.

"Não vamos interferir na política de preços de empresa alguma e, se fizermos, estaremos fazendo um grande desserviço ao Brasil", disse Oddone.

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