São Paulo – Um dos maiores receios do mercado nos últimos tempos se concretizou hoje: a Oi acaba de protocolar um pedido de recuperação judicial, que inclui R$ 65,4 bilhões em dívidas.
O valor é o maior já pedido já protocolado no país – o recorde, até então, era da Sete Brasil, de R$ 19,3 bilhões, protocolado em abril, seguido da OGX, do empresário Eike Batista, de R$ 11,2 bilhões, feito em 2013.
Na manhã de hoje, a operadora de telefonia havia anunciado um acordo com o BNDES para suspender o pagamento da dívida por 180 dias no final de maio.
Do total da dívida, quase 10 bilhões de reais eram com bancos de desenvolvimento, como o BNDES.
A ideia era buscar uma alternativa junto aos credores para evitar uma recuperação judicial e a mesma justificativa estaria sendo usada na negociação com outros bancos de fomento.
Não adiantou. O pedido foi protocolado nesta tarde no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Muita pressa
No último dia 10, Bayard Gontijo, então presidente da companhia, renunciou ao cargo. Ele, que havia assumido o cargo com a promessa de estancar a dívida bilionária da operadora, foi substituído pelo diretor financeiro Marco Schroeder.
O executivo acumulou as duas funções e teria sido escolhido por ter uma maior afinidade com a Pharol, que reúne os acionistas portugueses da antiga Portugal Telecom (PT), com quem a Oi se fundiu.
Com o pedido de recuperação judicial, a Oi tem pressa. No dia 26 de julho, vencem 231 milhões em bônus da empresa, o equivalente a quase R$ 1 bilhão.
Além disso, a Oi acumula um prejuízo líquido de R$ 1,64 bilhão apenas até março e uma dívida de quase R$ 41 bilhões, de acordo com o balanço do primeiro trimestre.
As dúvidas sobre o futuro da companhia incluem também como a Anatel se posicionará sobre o caso já que, pela regulamentação do setor, um pedido desses poderia levar a operadora a perder a concessão, inviabilizando o processo.
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1. Piores resultados
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1/21 (Adriano Machado/Bloomberg)
São Paulo - A
Eletrobras é a empresa com o maior prejuízo no primeiro trimestre do ano, com perdas de R$ 3,89 bilhões. Esse não é o único problema da companhia: ela foi retirada da Bolsa de Nova York por não entregar o balanço de 2014 a 2015. A auditoria responsável por analisar as contas resiste a liberar o documento antes da conclusão das investigações de corrupção na Operação Lava Jato. O governo também está estudando vender ativos da companhia de
energia. Já a
Petrobras é a empresa com maior queda de resultado entre 2016 e 2015, segundo levantamento da consultoria
Economática. Em 2016 a empresa apresentou um
prejuízo de R$ 1,24 bilhão, contra lucro de R$ 5,33 bilhões no mesmo período do ano passado.
Os setores de construção e energia elétrica dominam entre os maiores prejuízos do trimestre, de acordo com a consultoria. Confira nas imagens quais foram os 20 maiore prejuízos do primeiro trimestre de 2016.
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2. 1 - Eletrobras
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2/21 (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)
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3. 2 - JBS
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3/21 (Gilberto Tadday/EXAME)
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4. 3 - OI
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4/21 (Germano Lüders / EXAME)
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5. 4 - Petrobras
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5/21 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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6. 5 - CSN
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6/21 (Flávio Ciro/CSN)
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7. 6 - Renova
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7/21 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
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8. 7 - PDG
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8/21 (Divulgação)
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9. 8 - Rumo Logística
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9/21 (Divulgação / EXAME)
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10. 9 - Harpia Participações
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10/21 (Thinkstock/denphumi)
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11. 10 - Usiminas
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11/21 (Nelio Rodrigues/EXAME)
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12. 11 - Rossi
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12/21 (Alexandre Battibugli / EXAME)
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13. 12 - B2W Digital
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13/21 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
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14. 13 - CPFL Energia
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14/21 (Divulgação)
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15. 14 - Marfrig
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15/21 (Paulo Whitaker/Reuters)
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16. 15 - Banco Pan
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16/21 (Divulgação)
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17. 16 - Eneva
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17/21 (Divulgação)
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18. 17 - Viver
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18/21 (Reprodução da web)
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19. 18 - BR Pharma
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19/21 (Getty Images)
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20. 19 - Mendes Jr
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20/21 (Divulgação)
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21. 20 - Telebrás
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21/21 (Luiz Aureliano/EXAME.com)