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Pearson corta 3 mil empregos e reduz dividendos

O corte de pessoal, que representa quase 10% da força total de trabalho do grupo, faz parte da terceira tentativa de recuperação da empresa

Pearson: a Pearson, maior editora educacional do mundo, vende tudo, desde livros escolares até livros acadêmicos e testes eletrônicos (David Jones/Wikimedia Commons)

Pearson: a Pearson, maior editora educacional do mundo, vende tudo, desde livros escolares até livros acadêmicos e testes eletrônicos (David Jones/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 16h21.

Londres - O grupo de educação britânico Pearson está cortando 3 mil empregos e reduzindo seus dividendos em sua mais recente tentativa de revitalizar um negócio impactado pela migração de livros didáticos físicos para digitais.

O corte de pessoal, que representa quase 10 por cento da força total de trabalho do grupo, faz parte da terceira tentativa do presidente-executivo John Fallon que desde 2014 busca remodelar uma empresa cujo o principal negócio, o de ensino nos Estados Unidos, também foi atingido por uma queda nas matrículas de estudantes.

"Os desafios estruturais em nosso maior mercado, material didático de ensino superior, têm sido mais desafiadores do que qualquer um pensou que seriam há três anos", disse Fallon nesta sexta-feira.

A Pearson, maior editora educacional do mundo, vende tudo, desde livros escolares até livros acadêmicos e testes eletrônicos.

O grupo de 173 anos vendeu seus ativos mais conhecidos, incluindo o jornal Financial Times e a revista Economist, para levantar recursos para investir em seu principal negócio de educação. No mês passado, também anunciou a venda de uma participação de 22 por cento na editora de livros Penguin Random House.

Mas o grupo tem tido dificuldade de responder suficientemente rápido ao mercado de educação norte-americano que está encolhendo e se transformando.

As matrículas no ensino superior nos EUA caíram 1,5 por cento na primavera (no hemisfério norte), segundo a empresa, à medida que mais jovens passam a trabalhar em vez de estudar. Os alunos também estão cada vez mais alugando livros didáticos em vez de comprá-los.

A maioria dos cortes no emprego acontecerão no final de 2018 e no início de 2019 em todas as operações, disse Fallon, à medida que o grupo migra suas operações administrativas e produtos para algumas plataformas digitais.

Até o início de 2020, o executivo terá reduzido em 10 mil vagas a equipe da Pearson, que era de cerca de 39 mil funcionários quando ele assumiu o comando, e cortado os gastos em 950 milhões de libras (1,3 bilhão de dólares) com as três reestruturações.

Pearson também disse que vai reduzir o pagamento de dividendos para o primeiro semestre do ano em 72 por cento para 5 centavos de libra por ação.

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