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PDG Realty convoca assembleia para confirmar recuperação judicial

Construtora ainda contratou a empresa de assessoria de reestruturação RK Partners em novembro para apresentar um plano de resgate

PDG: nos nove primeiros meses de 2016, a empresa amargava prejuízo líquido de 2,868 bilhões de reais (PDG/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 12h25.

São Paulo - A PDG Realty vai entrar nesta quarta-feira com pedido de recuperação judicial perante a Comarca da Capital do Estado de São Paulo, informou a construtora em fato relevante divulgado nesta manhã.

Conforme o documento, a decisão foi tomada porque o acordo de reestruturação de dívidas celebrado com os bancos em maio do ano passado não surtiu o efeito esperado.

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Inicialmente, a PDG renegociou o cronograma de vencimentos com Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Caixa Econômica Federal, mas em julho o acordo foi ampliado e passou a incluir o Banco Votorantim.

A construtora ainda contratou a empresa de assessoria de reestruturação RK Partners em novembro para apresentar um plano de resgate.

Mas o "Grupo PDG continuou a enfrentar sérias dificuldades na gestão e continuidade de seus empreendimentos imobiliários", disse a empresa no fato relevante. Entre elas, a PDG destacou o crescente número de distratos, a queda das vendas, a interrupção de obras em andamento, o acúmulo de dívidas condominiais e de IPTU, bem como o grande volume de ações judiciais movidas por clientes, funcionários e prestadores de serviços.

Por isso, o conselho de administração da companhia concluiu que o ajuizamento da recuperação judicial é a "medida mais adequada" para manter a normalidade operacional das atividades da companhia e suas controladas, preservar o valor e proteger o caixa, segundo o documento.

Ainda de acordo com o fato relevante, uma Assembleia Geral Extraordinária foi convocada para ratificação do pedido.

Em 17 de fevereiro, a Reuters noticiou que a PDG considerava entregar prédios e terrenos em garantia aos credores antes de uma eventual recuperação judicial.

Nos nove primeiros meses de 2016, a PDG amargava prejuízo líquido de 2,868 bilhões de reais, bem superior ao resultado negativo de 795,4 milhões de reais apurado de janeiro a setembro de 2015. A dívida líquida e os custos a incorrer totalizavam 6 bilhões de reais ao final do terceiro trimestre.

A empresa deve divulgar os números do quarto trimestre e do consolidado de 2016 em 29 de março, conforme informações no site de Relações com Investidores.

As ações da PDG subiam 3,1 por cento, a 3,33 reais, nesta quarta-feira antes terem as negociações suspensas na BM&FBovespa em razão do anúncio.

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