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Passaporte anti-Covid até junho é difícil, diz dona de aeroporto de Paris

A União Europeia enfrenta uma difícil tarefa ao tentar introduzir os chamados passaportes de imunidade contra a Covid-19 até junho com o objetivo de incentivar as viagens

A União Europeia enfrenta uma difícil tarefa ao tentar introduzir os chamados passaportes de imunidade contra a Covid-19 até junho com o objetivo de incentivar as viagens (Getty Images/Getty Images)

A União Europeia enfrenta uma difícil tarefa ao tentar introduzir os chamados passaportes de imunidade contra a Covid-19 até junho com o objetivo de incentivar as viagens (Getty Images/Getty Images)

LB

Leo Branco

Publicado em 19 de março de 2021 às 09h00.

Última atualização em 19 de março de 2021 às 11h48.

A União Europeia enfrenta uma difícil tarefa ao tentar introduzir os chamados passaportes de imunidade contra a Covid-19 até junho com o objetivo de incentivar as viagens, segundo um executivo da controladora do aeroporto mais movimentado da França.

O progresso lento e a implantação descoordenada dos passes de saúde já em desenvolvimento por companhias aéreas e outras empresas sugerem que a meta do bloco é “muito, muito ambiciosa”, disse em entrevista Franck Le Gall, diretor de operações da Groupe ADP, que opera dezenas de aeroportos, incluindo o Paris-Charles de Gaulle.

Nesta semana, o braço executivo da UE abriu caminho para a introdução de um Certificado Verde Digital como prova de que os titulares foram vacinados, se recuperaram da Covid-19 ou testaram negativo recentemente. Os passes visam facilitar as viagens tanto dentro quanto fora do bloco, buscando um equilíbrio entre estados dependentes do turismo ansiosos por reabrir as fronteiras e países como França e Alemanha, que adotaram uma postura mais cautelosa.

A mudança ocorre quando vários sistemas baseados em aplicativos móveis já estão em desenvolvimento, como o Travel Pass da Associação Internacional de Transporte Aéreo, o AOKpass, da empresa de segurança de viagens International SOS, o VeriFly, da Daon, e o CommonPass, apoiado pelo Fórum Econômico Mundial.

Uma reunião de aeroportos europeus nesta semana concluiu que “as opções em estudo precisam terminar para levar a testes em solo”, disse Le Gall. Os ensaios estão em andamento em algumas cidades, como Paris, Londres e Roma.

É vital que os passes forneçam rigorosa proteção de dados, sejam facilmente modificáveis para levar em conta as mudanças nas regras e permitam que as verificações sejam concluídas em apenas alguns segundos com o mesmo equipamento usado para verificar os cartões de embarque, disse Le Gall.

“Somos agnósticos quanto aos diferentes passes, mas nosso critério é que sejam interoperáveis, para que nosso pessoal não precise usar cinco sistemas de digitalização diferentes”, disse.

Emmanuelle Ferracci, que supervisiona o piloto da Air France para o AOKpass no terminal CDG, disse em entrevista que o processo de verificação deve ser simples e rápido ou os clientes enfrentarão “enormes gargalos nos aeroportos”.

O AOKpass foi testado pela primeira vez esta semana nos serviços de Los Angeles e São Francisco e voos para o Caribe. A equipe teve que recorrer à abertura do aplicativo em um aparelho inteligente durante uma demonstração na quinta-feira para verificar os resultados dos testes para passageiros da Califórnia, um sistema que, segundo Le Gall, não funcionaria quando os aeroportos tiverem mais movimento.

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