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Participantes da Petros pedem destituição da atual diretoria

Grupo de pensão dos funcionários da Petrobras pedem à que diretoria atual seja destituída por "desempenho insuficiente"


	Petrobras: fundo de pensão de funcionários da empresa pede destituição de diretoria e contratação de "executivos independentes"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Petrobras: fundo de pensão de funcionários da empresa pede destituição de diretoria e contratação de "executivos independentes" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 10h06.

Brasília - Participantes da Petros entregaram à direção da Petrobras um abaixo assinado com 3.150 assinaturas em que pedem a destituição da diretoria do fundo de pensão dos funcionários da estatal, alegando "desempenho insuficiente da atual gestão", que levou a um "agravamento do déficit técnico".

O documento foi encaminhado na segunda-feira, 7, à CPI do Fundos de Pensão da Câmara.

"Solicitam dos níveis gerenciais estatutários, responsáveis efetivos pela fiscalização dos atos de gestão da Diretoria da Fundação Petrobrás de Seguridade Social, cuja patrocinadora principal é a Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS, a imediata convocação de Assembleia Extraordinária, com a pauta para Demissão da atual Diretoria Executiva da Petros e contratação de executivos independentes e comprovadamente habilitados para os cargos previstos no Estatuto atual da Petros, bem como a imediata convocação de eleição interna ao sistema para provimento das outras duas diretorias (benefícios e administrativa) também prevista no atual Estatuto, tendo em vista o desempenho insuficiente da atual gestão, que resultou em agudo agravamento do déficit técnico dos planos tipo Benefício Definido da Petros", diz trecho do documento.

Entre as justificativas para a saída da direção da Petros, os responsáveis pelo abaixo assinado ressaltam que atualmente o fundo tem um déficit de cerca de R$ 20 bilhões, o que ocasionará na redução dos benefícios dos participantes do fundo.

"Não é do desconhecimento de nenhum destes senhores o que representa um déficit que alcançará valor em torno de R$ 20 bilhões, tanto para os participantes, que terão seus benefícios diminuídos por mais de uma década, quanto para a Patrocinadora, que será onerada adicionalmente num momento em que atravessa problemas financeiros cruciais. A superação dessa quadra difícil na vida da Petros passa necessariamente pela busca de excelência na gestão, o que infelizmente não foi conseguido pelos atuais gestores", diz trecho do documento.

Nesta quarta-feira, 8, a CPI dos Fundos de Pensão toma o depoimento de Henrique Jager, presidente da Petros. A ida à Comissão tem como base requerimento apresentado pelo presidente do colegiado, deputado Efraim Filho (DEM-PB).

"Em que pesem as informações inicialmente prestadas pelos dirigentes dos fundos, no sentido da adoção de providências para sanar os problemas de gestão e de aplicação incorreta dos recursos financeiros, observa-se que diversos veículos de comunicação vêm noticiando o aumento do déficit dessas entidades. Até mesmo a Previ, que apresentava superávit ao final do ano de 2014, passou a registrar déficit ao fim de 2015. Dessa forma, considerando o avanço nas investigações, bem como a ampliação do déficit dos fundos de pensão investigados, faz-se necessário que os Diretores-Presidentes da Previ, Petros, Funcef e Postalis compareçam novamente a esta Comissão", justifica o deputado em trecho do requerimento.

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