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Para Gol, reajuste de tarifa depende de patamar cambial

Companhia informou que irá esperar a estabilização do câmbio em algum patamar para decidir sobre um aumento de preço das passagens


	Check-in da  em Congonhas: preço dos bilhetes da companhia vai depender do nível de estabilização do câmbio
 (Paolo Fridman/Bloomberg)

Check-in da  em Congonhas: preço dos bilhetes da companhia vai depender do nível de estabilização do câmbio (Paolo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 19h01.

Brasília - A GOL Linhas Aéreas vai esperar a estabilização do câmbio em algum patamar para decidir sobre um aumento de preço das passagens. "Vamos aguardar a estabilização do dólar para ter uma decisão. O preço dos bilhetes vai depender do nível de estabilização do câmbio", afirmou a jornalistas o diretor-presidente da companhia, Paulo Kakinoff, nesta terça-feira, 20, após participar do evento Aviation Day 2013.

Mais cedo, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, não descartou novos aumentos de passagens, caso o dólar continue a se valorizar ante o real. De acordo com a entidade, entre 55% e 57% da atividade aérea é dolarizada, sobretudo por conta dos custos com o combustível e o leasing de aeronaves. Segundo Sanovicz, com o dólar a R$ 2,30, acendeu-se uma luz vermelha do setor e a tarifa média cobrada dos passageiros subiu 4% nos últimos 40 dias.

Kakinoff também reclamou do descompasso entre o preço da querosene de aviação no Brasil e em outros mercados. A Abear entregou nesta tarde ao governo uma lista de pedidos para dar competitividade ao setor, incluindo uma nova fórmula para o preço da querosene.

Segundo Kakinoff, o alto custo do combustível no País é uma "deficiência competitiva" que impede a recuperação das companhias aéreas em um cenário de câmbio em elevação. "Nossa querosene tem um custo de 30% a 40% maior do que o verificado em países com quantidade de passageiros semelhante ao Brasil. Por outro lado, nossa tarifa média é de US$ 100, uma das mais baixas entre esse grupo de países."

O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou mais cedo "ver com dificuldade" o pleito por uma nova fórmula de cálculo do preço da querosene, que depende da Petrobras. "Acho difícil que se avance nessa área", considerou.

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