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Pão de Açúcar é alvo de arbitragem sobre compra da Globex

O Pão de Açúcar não informou as motivações da Morzan para entrar com o pedido de arbitragem

Pão de Açúcar: para o Casino, uma vez que a proposta foi retirada, não há mais necessidade da reunião do dia 2 de agosto (Divulgação Casino)
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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 20h20.

São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar informou nesta quinta-feira que foi notificado pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) sobre pedido de instauração de procedimento arbitral feito pela Morzan Empreendimentos, empresa que representava o Ponto Frio, adquirido pela varejista em meados de 2009.

Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o processo envolve a compra de 86.962.965 ações ordinárias da Globex (Ponto Frio) -equivalentes a cerca de 70 por cento da companhia de eletroeletrônicos, pela Mandala, subsidiária do Pão de Açúcar, em 8 de junho de 2009.

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O Pão de Açúcar não informou as motivações da Morzan para entrar com o pedido de arbitragem, acrescentando que os termos do contrato firmado em 2009 são confidenciais. A varejista afirmou, entretanto, que o pedido é "improcedente" e que o contrato foi "cumprido integralmente, o que será demonstrado ao longo do procedimento." "O Grupo Pão de Açúcar esclarece que as cláusulas do acordo entre as empresas foram cumpridas e que não há qualquer questão pendente ou ainda a ser discutida entre as partes", afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

Ainda de acordo com a empresa, o processo não envolve a Via Varejo -que hoje concentra Casas Bahia e Nova Pontocom, além de Ponto Frio-, "já que, em novembro de 2009, o Pão de Açúcar assumiu todas as obrigações da mesma, decorrentes no contrato de incorporação".

"A Via Varejo está, desde já, isenta de responsabilidade ou ônus tendo em vista o requerimento de instauração da arbitragem", acrescentou.

O processo de arbitragem vem a público às vésperas do grupo francês Casino assumir o controle da varejista brasileira, o que está previsto para acontecer em 22 de junho.

Representantes da Morzan -veículo de investimento de Lily Safra que era acionista da Globex- não puderam ser imediatamente contatados para se manifestar sobre o assunto.

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