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Panamá faz operação de busca e apreensão na Mossack Fonseca

Em um comunicado anterior, a polícia nacional disse que procurava documentação que "estabeleceria o possível uso do escritório para atividades ilícitas"


	Mossack Fonseca: a Mossack Fonseca, especializada na criação de empresas offshore, não respondeu aos pedidos de comentário na terça-feira
 (Carlos Jasso / Reuters)

Mossack Fonseca: a Mossack Fonseca, especializada na criação de empresas offshore, não respondeu aos pedidos de comentário na terça-feira (Carlos Jasso / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 10h54.

Cida - A procuradoria-geral do Panamá realizou uma operação de busca e apreensão no escritório de advocacia Mossack Fonseca, na noite de terça-feira, para tentar encontrar indícios de atividades ilegais, disseram autoridades em comunicado.

A firma sediada no Panamá está no centro do escândalo de vazamento dos "Panama Papers", que causou constrangimento a vários líderes mundiais e colocou em destaque o mundo obscuro das empresas offshore.

Em um comunicado anterior, a polícia nacional disse que procurava documentação que "estabeleceria o possível uso do escritório para atividades ilícitas". A empresa Mossack Fonseca está sendo acusada de evasão fiscal e fraude.

Policiais e viaturas começaram a se reunir nos arredores do edifício do escritório de tarde sob o comando do promotor Javier Caravallo, que é especializado em crime organizado e lavagem de dinheiro.

A Mossack Fonseca, especializada na criação de empresas offshore, não respondeu aos pedidos de comentário na terça-feira.

Mais cedo, o sócio fundador Ramón Fonseca afirmou que o escritório de advocacia não violou nenhuma lei, não destruiu quaisquer documentos e que todas as suas operações são legais.

Governos do mundo inteiro começaram a investigar possíveis delitos financeiros dos ricos e poderosos após o vazamento de mais de 11,5 milhões de documentos, apelidados de "Panama Papers", do escritório de advocacia, referentes a um período de quatro décadas.

Os papéis revelaram arranjos financeiros de figuras proeminentes, como amigos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, parentes dos primeiros-ministros da Grã-Bretanha e do Paquistão e do presidente chinês, Xi Jinping, e do presidente da Ucrânia.

O Brasil também está entre os vários países com autoridades envolvidas nos vazamentos.

Os documentos obtidos apontam que o escritório do Panamá Mossack Fonseca criou ou gerenciou cerca de 100 empresas offshore para ao menos 57 indivíduos ou empresas já relacionados ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela operação Lava Jato.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava Jato

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