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OSX rola dívida de R$ 400 milhões com a Caixa

Segundo o banco, o empréstimo renovado venceu no dia 19 de outubro e foi estendido por mais 12 meses, assim como sua garantia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 08h01.

São Paulo e Rio - A OSX , braço de construção naval do grupo EBX, conseguiu renovar um empréstimo de R$ 400 milhões com a Caixa Econômica Federal, assim como sua garantia, repetindo o que já havia feito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em outubro.

Conforme a própria Caixa informou na terça-feira, 5, à noite, o empréstimo renovado venceu no dia 19 de outubro e foi estendido por mais 12 meses, assim como sua garantia, uma fiança bancária do Santander Brasil que cobre 100% do empréstimo. Juntos, Caixa e BNDES detinham R$ 1,7 bilhão da dívida total de R$ 5,3 bilhões reportada pela OSX ao fim do segundo trimestre.

Havia o temor de que os bancos considerassem a OSX e as outras empresas da EBX como parte de um mesmo grupo econômico e, como credores, debitassem esses recursos do caixa de outras companhias do grupo. Os empréstimos das instituições públicas são garantidos por fianças de bancos privados, que poderiam fazer esse papel.

As instituições financiam a Unidade de Construção Naval (UCN) em construção no Superporto do Açu, em São João da Barra. Ontem, a construtora naval informou ao mercado que negocia a devolução de áreas para quitar dívidas com a LLX, dona do Açu. O objetivo é chegar a um modelo de estaleiro reduzido.

As negociações para a renovação do empréstimo com a Caixa ficaram inicialmente emperradas pela resistência do Santander em manter a fiança bancária e, posteriormente, pelas potenciais implicações do pedido de recuperação judicial da petroleira OGX na OSX. A OGX entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada. A renovação teria de ser aprovada pelo Santander Espanha.

A OSX não quis confirmar a renovação e disse, via assessoria de imprensa, que a rolagem do empréstimo ainda está sendo negociada. No dia 15 de outubro, a OSX adiou por 30 dias o vencimento de um empréstimo de R$ 518 milhões com o BNDES, que tem garantia do Banco Votorantim.


Além das dívidas com Caixa e BNDES, a OSX tinha em 30 de junho outros R$ 670 milhões em dívidas relativas à plataforma FPSO OSX-1, R$ 1,6 bilhão da OSX-2, R$ 1,1 bilhão referente à OSX-3 - que teve US$ 500 milhões captados via emissão de bonds no mercado internacional -, e R$ 260 milhões em outros financiamentos. A rubrica deve incluir fornecedores de bens e serviços.

Dona do Açu, a LLX é uma das credoras da OSX. A empresa estaria devendo parte do aluguel da área que ocupa no porto. O valor é de R$ 28,3 mil mensais, num contrato de 40 anos renováveis. Recentemente o grupo americano EIG assumiu o controle do porto.

Em recente entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente do grupo, Blair Thomas, afirmou que a OSX seria tratada como qualquer outro cliente do Açu e poderia ser substituída se não honrasse seus compromissos. A avaliação era de que a empresa tinha condições privilegiadas por ser do mesmo grupo que a LLX.

Ontem a OSX divulgou a ata da reunião do Conselho de Administração do último dia 25, em que foi decidido o início de uma negociação com a LLX para chegar a um modelo de estaleiro menor. Isso incluirá a devolução de áreas em contrapartida à quitação de certas obrigações pendentes de Capex (despesas com bens de capital) e Opex (despesas operacionais).

Os conselheiros autorizaram ainda que a diretoria tome todas as medidas necessárias para a alienação ordenada e/ou realocação dos ativos da unidade de leasing para potenciais interessados, buscando maximizar os valores de tais ativos.

Na mesma ata, consta a rescisão dos contratos de afretamento e serviços de operação e manutenção com a petroleira OGX, já divulgado no último dia 29, por falta de pagamento. Colaborou Eulina Oliveira

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Conforme a própria Caixa informou na terça-feira, 5, à noite, o empréstimo renovado venceu no dia 19 de outubro e foi estendido por mais 12 meses, assim como sua garantia, uma fiança bancária do Santander Brasil que cobre 100% do empréstimo. Juntos, Caixa e BNDES detinham R$ 1,7 bilhão da dívida total de R$ 5,3 bilhões reportada pela OSX ao fim do segundo trimestre.

Havia o temor de que os bancos considerassem a OSX e as outras empresas da EBX como parte de um mesmo grupo econômico e, como credores, debitassem esses recursos do caixa de outras companhias do grupo. Os empréstimos das instituições públicas são garantidos por fianças de bancos privados, que poderiam fazer esse papel.

As instituições financiam a Unidade de Construção Naval (UCN) em construção no Superporto do Açu, em São João da Barra. Ontem, a construtora naval informou ao mercado que negocia a devolução de áreas para quitar dívidas com a LLX, dona do Açu. O objetivo é chegar a um modelo de estaleiro reduzido.

As negociações para a renovação do empréstimo com a Caixa ficaram inicialmente emperradas pela resistência do Santander em manter a fiança bancária e, posteriormente, pelas potenciais implicações do pedido de recuperação judicial da petroleira OGX na OSX. A OGX entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada. A renovação teria de ser aprovada pelo Santander Espanha.

A OSX não quis confirmar a renovação e disse, via assessoria de imprensa, que a rolagem do empréstimo ainda está sendo negociada. No dia 15 de outubro, a OSX adiou por 30 dias o vencimento de um empréstimo de R$ 518 milhões com o BNDES, que tem garantia do Banco Votorantim.


Além das dívidas com Caixa e BNDES, a OSX tinha em 30 de junho outros R$ 670 milhões em dívidas relativas à plataforma FPSO OSX-1, R$ 1,6 bilhão da OSX-2, R$ 1,1 bilhão referente à OSX-3 - que teve US$ 500 milhões captados via emissão de bonds no mercado internacional -, e R$ 260 milhões em outros financiamentos. A rubrica deve incluir fornecedores de bens e serviços.

Dona do Açu, a LLX é uma das credoras da OSX. A empresa estaria devendo parte do aluguel da área que ocupa no porto. O valor é de R$ 28,3 mil mensais, num contrato de 40 anos renováveis. Recentemente o grupo americano EIG assumiu o controle do porto.

Em recente entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente do grupo, Blair Thomas, afirmou que a OSX seria tratada como qualquer outro cliente do Açu e poderia ser substituída se não honrasse seus compromissos. A avaliação era de que a empresa tinha condições privilegiadas por ser do mesmo grupo que a LLX.

Ontem a OSX divulgou a ata da reunião do Conselho de Administração do último dia 25, em que foi decidido o início de uma negociação com a LLX para chegar a um modelo de estaleiro menor. Isso incluirá a devolução de áreas em contrapartida à quitação de certas obrigações pendentes de Capex (despesas com bens de capital) e Opex (despesas operacionais).

Os conselheiros autorizaram ainda que a diretoria tome todas as medidas necessárias para a alienação ordenada e/ou realocação dos ativos da unidade de leasing para potenciais interessados, buscando maximizar os valores de tais ativos.

Na mesma ata, consta a rescisão dos contratos de afretamento e serviços de operação e manutenção com a petroleira OGX, já divulgado no último dia 29, por falta de pagamento. Colaborou Eulina Oliveira

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