São Paulo - A empresa de construção naval OSX, do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, avalia vender a participação a ser detida na OGPar (atual denominação da petroleira OGX, do mesmo grupo) após a reestruturação desta.
No balanço do primeiro trimestre da companhia, divulgado na segunda, 16, a OSX afirma "para recompor o capital de giro necessário para continuidade de suas atividades, bem como para o desenvolvimento de seu Plano de Negócios, poderá buscar a obtenção de novos financiamentos, inclusive a colaterização e/ou monetização da participação da OSX no capital social da OGX reestruturada".
Segundo o documento, essa venda de fatia na atual OGPar está prevista no Plan Support Agreement (PSA) firmado entre as empresas no dia 24 de dezembro de 2013.
Por ser prestadora de serviços à OGPar, a empresa de construção naval possui créditos a receber da petroleira. Tanto a OSX quanto a OGPar estão em recuperação judicial.
"Conforme estabelecido no plano de recuperação judicial, a OSX poderá, ainda, promover uma reestruturação societária de forma a obter a estrutura mais adequada para o desenvolvimento de suas atividades tal como redimensionadas no contexto de sua recuperação judicial e do seu plano de negócios", destaca a companhia.
A OSX fechou o primeiro trimestre deste ano com um prejuízo de R$ 2,638 bilhões. O balanço da companhia foi divulgado mais de um mês após o período regulamentar estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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1. Levaram bomba
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1/11 (GettyImages)
Em 2013, muitas empresas acionaram a Justiça para tentar organizar suas contas. A chamada recuperação judicial é a solução para quem não passa na prova de fazer negócios no Brasil. Uma das próximas a entrar na lista, a OSX não está sozinha e desfruta da companhia de outras firmas conhecidas - como a OGX, TelexFREE e Gradiente.
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2. OSX
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Com dívidas estimadas em junho em aproximadamente 5 bilhões de reais, a OSX aprovou em assembleia na última sexta o pedido recuperação judicial. Fundada por Eike Batisa, a companhia de construção naval tem entre seus credores a Caixa, a quem deve 461,4 milhões de reais, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - com que a dívida é de 518 milhões de reais.
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3. OGX
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Depois do pedido de recuperação no último dia 30 de outubro, a OGX tenta agora se reorganizar para pagar uma dívida de 11,2 bilhões de reais. Entre as medidas tomadas pela companhia petrolífera criada por Eike Batista, está a venda da OGX Maranhão por 344 milhões de reais.
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4. LBR
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4/11 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Iniciada em fevereiro, a recuperação judicial já se encontra em estágio avançado na LBR, companhia escolhida em 2011 pela política de campeãs nacionais do governo para ser líder mundial em produção de leite. Em maio, a empresa entregou à Justiça o seu plano de recuperação - que foi
aprovado pelos credores em outubro. Agora, resta saber se a receita para salvar a LBR vai funcionar.
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5. Via Uno
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5/11 (Divulgação)
Até os anos 90, a Via Uno só operava no varejo multimarcas. No começo dos anos 2000, a companhia gaúcho decidiu expandir seus negócios por meio de franquias. A rede chegou a ter 200 lojas mas não deu certo e em fevereiro, a empresa teve de pedir recuperação judicial na
6ª Câmara Civil do Rio Grande do Sul.
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6. Gradiente
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6/11 (Germano Luders)
A recuperação judicial da Gradiente já se arrasta há alguns anos. Em 2010, a companhia aprovou seu plano de reestruturação - provocando forte alta no valor das ações. Três anos depois, agora em julho, um dos credores pediu a falência da empresa. Para a IGB Eletronica, a Gradiente não honraria seus compromissos após duas prorrogações dos prazos de pagamento da dívida - estimada em
7,5 milhões de reais.
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7. Agrenco
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7/11 (Paulo Fridman/Bloomberg)
Às vezes, recuperações judiciais terminam em falência - como no caso da Agrenco. Iniciada em 2008, a recuperação da companhia demorou cinco anos para chegar a um plano de reestruturação. Nessa etapa, os credores entenderam qe não valia a pena manter a empresa funcionando e pediram a falência da Agrenco. Feito em junho, o pedido foi referendado pela Justiça no
último mês de agosto.
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8. Laselva
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8/11 (Divulgação)
Quem vê as lojas da Laselva nos aeroportos do país nem imagina que a empresa passa por um processo de recuperação judicial. Iniciado em maio, ele se deve a uma dívida de 120 milhões de reais acumulada pela rede de livrarias. De acordo com a Folha de São Paulo, há casos de editoras para as quais a
Laselva deve até 1 milhão de reais.
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9. H-Buster
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9/11 (Divulgação)
Com uma fábrica em Manaus (AM) e outra em Cotia (SP), a H-Buster entrou em recuperação judicial em março desse ano. A fabricante de TVs, notebooks e aparelhos de som para carro tem
dívida avaliada em 500 milhões de reais.
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10. Refinaria Manguinhos
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10/11 (Divulgação)
Localizada na zona norte do Rio de Janeiro (RJ), a refinaria de Manguinhos pediu recuperação judicial em janeiro. Em março, o plano de reestruturação foi apresentado aos credores. Entre as razões para as dificuldades por que passa a empresa, está
o encarecimento das matérias-primas por conta da alta do dólar.
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11. Agora, veja as companhias que já preocupavam os investidores em julho
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11/11 (Divulgação)