Os presidentes de empresa que se aposentaram em 2014
Confira os presidentes de empresas que deixaram seus cargos em 2014
Karin Salomão
Publicado em 13 de dezembro de 2014 às 08h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h56.
São Paulo - Em 2014, diversos executivos e presidentes das principais empresas mundiais anunciaram suas aposentadorias e planos de sucessão. No Brasil, um deles é o argentino Ariel Depascuali. Ele reergueu a Bridgestone no Brasil, aumentando produtividade e confiança do cliente. Já Kevin Corrigan, que dirigiu o escritório da EIG Global Energy Partners no Brasil, liderou os investimentos de US$1 bilhão por ano do fundo no Brasil. Michael Kowalski construiu sua história na Tiffany & Co., onde trabalhou há mais de 30 anos e também pendurou as chuteiras este ano. Veja nas imagens outros presidentes de empresas que se aposentaram em 2014.
Depois de mais de duas décadas no cargo, o presidente da Abercrombie & Fitch, Mike Jeffries, está se aposentando. O anúncio foi feito em dezembro e ele ainda não nomeou um sucessor. A sua saída marca 11 trimestres seguidos de queda nas vendas. Ele se tornou presidente em 1992, para fazer foi fazer roupas casuais para adolescentes “descolados”. Jeffries já havia sido retirado do seu cargo de chairmain em janeiro deste ano.
Em fevereiro, a Coca-Cola anunciou que Douglas Daft, seu então chairman e principal executivo, pretendia se aposentar no final deste ano. O anúncio foi uma surpresa, já que o executivo, há cinco anos no comando da empresa, afirmava que iria permanecer no cargo por mais tempo para garantir a sua estabilidade. Outro imprevisto foi o fato de a Coca-Cola ter falado em contratar head-hunters para encontrar o sucessor, recurso não usado em ocasiões passadas.
Michael Kowalski irá se aposentar da presidência da joalheria em 2015. Ele estava há mais de 30 anos trabalhando para Tiffany & Co. sendo 15 deles como CEO e 11 como presidente do conselho. A segundo maior joalheria do mundo anunciou que Kowalski seguirá como presidente não-executivo do conselho. A companhia nomeou Frederic Cumenal para a função de principal executivo da empresa.
Fabio Fossen assumiu a presidência da maior fabricante de pneus do mundo no início de novembro, depois da aposentadoria do argentino Ariel Depascuali. Quando Depascuali assumiu, há quatro anos, sua missão era recuperar a competitividade, participação do mercado bem como a confiança do cliente.
Uma das primeiras aposentadorias anunciadas no ano foi a de Pedro Parente, que deixou a Bunge em janeiro. Ele saiu depois de comandar a companhia desde 2010. Parente tem 60 anos e liderou a reestruturação da Bunge no país. O executivo foi substituído por Raul Padilla em maio. Padilla era diretor global de agronegócio e presidente da Bunge Product Lines antes de assumir a missão. Em seu lugar assumiu Brian Thomsen, atualmente diretor global de grãos e óleos.
"É difícil a hora do adeus, mas faz parte da vida. Obrigado a todos", disse Elie Horn na última teleconferência com analistas da Cyrela. O empresário se despediu em março do comando da construtora fundada por ele há mais de 50 anos. A partir de maio, a Cyrela passou a ser comandada em conjunto por Efraim e Raphael Horn, herdeiros e filhos de Elie. O empresário segue como presidente do conselho da construtora.
A Procter & Gamble, maior fabricante de produtos de uso doméstico do mundo, é outra empresa que busca um novo presidente. O presidente do conselho e presidente-executivo Alan G. Lafley, se aposentou em fevereiro. Lafley, de 66 anos, já fora presidente-executivo da empresa entre 200 e 2009, mas havia saído da aposentadoria após seu sucessor, Bob MacDonald, ter sido substituído abruptamente no ano passado, em meio a pressões de investidores.
Kevin Corrigan, que dirigiu o escritório da EIG Global Energy Partners no Brasil, se aposentou em julho. Foi ele que liderou os investimentos de US$ 1 bilhão por ano, desde 2012, do fundo no Brasil O fundo de investimentos de US$15,9 bilhões tem sede em Washington. Corrigan foi diretor das operações na América Latina e abriu o escritório da companhia no Rio de Janeiro, o único na região, em julho de 2011.
A terceira maior cervejaria do mundo busca um sucessor para seu vice-presidente financeiro, cujo mandato expira em abril de 2015.
Em setembro, a Heineken afirmou que Rene Hooft Graafland, que completou 59 anos, planejava se aposentar quando seu mandato de quatro anos terminasse. "Este processo está em curso e nenhuma decisão foi tomada sobre os candidatos ou o momento. Novos anúncios serão feitos se e quando for o caso", disse o comunicado da Heineken.
Em setembro, a Heineken afirmou que Rene Hooft Graafland, que completou 59 anos, planejava se aposentar quando seu mandato de quatro anos terminasse. "Este processo está em curso e nenhuma decisão foi tomada sobre os candidatos ou o momento. Novos anúncios serão feitos se e quando for o caso", disse o comunicado da Heineken.
Em meio às negociações sobre a fusão com a produtora de fertilizantes americana CF Industries, a norueguesa Yara International realizou uma mudança em seu CEO. Em outubro, afirmaram que seu então presidente, Jorgen Ole Haslestad, não era adequado para liderar a companhia. Ele se retirou do cargo de diretor executivo (CEO) e a eempresa apontou Torgeir Kvidal para o cargo. "O conselho da Yara concluiu que Haslestad não é a pessoa certa para liderar o avanço da empresa e as negociações com a CF Industries", afirmou o presidente da Yara, Leif Teksum. Haslestad, de 65 anos, ocupava o cargo desde 2008 e já havia anunciado que planejava se aposentar quando a Yara apontou o novo diretor executivo.
Em novembro, o então presidente da International Paper, John Faraci, anunciou sua aposentadoria. Mark Sutton irá substitui-lo, assumindo o comando global da empresa. Faraci estava no comando da International Paper desde 2003 e durante sua gestão, a companhia passou por transformações importantes, como a venda de algumas operações e o foco em apenas dois tipos de negócios, o de embalagens e papel.
A direção financeira da Apple trocou este ano, depois de mais de 10 anos. Peter Oppenheimer anunciou sua aposentadoria, saindo do cargo que ocupava desde 2004 – vale lembrar que, de lá pra cá, os lucros dispararam de US$ 8 bilhões ao ano para US$ 171 bilhões. Luca Maestri assumiu em junho, apesar de Peter ter permanecido na companhia até setembro para ajudar na transição. Maestri era vice-presidente financeiro e já trabalhou em companhias como Xerox e General Motors.
Outra gigante da tecnologia que trocou o comando em 2014 foi a Microsoft. Em fevereiro a Microsoft anunciou o engenheiro indiano Satya Nadella como novo presidente da companhia em decorrência da aposentadoria de Steve Ballmer, anunciada em agosto de 2013. Ballmer foi o sucessor de Bill Gates no comando e ficou no cargo por 13 anos. Apesar de oficialmente dizer que saiu da empresa para se aposentar, Ballmer falou sobre as duras cobranças que recebia do Conselho da Microsoft em uma entrevista dada ao Wall Street Journal.
Depois de dois anos no cargo da empresa familiar, Ed Shirley decidiu deixar o cargo de executivo-chefe da Bacardi para se dedicar ao ócio. Até que um substituto seja indicado, o comando da empresa permaneceu com Facundo Bacardi, presidente do conselho de administração e herdeiro da companhia de bebidas criada por sua família há 152 anos. Shirley estava na empresa desde 2012. Antes ele era responsável pela linha de produtos de beleza da americana Procter & Gamble.
Tom Murry, presidente da Calvin Klein, anunciou sua aposentadoria depois de 17 anos à frente do comando da marca de roupa, uma das mais populares do mundo. O executivo foi substituído por Steve Shiffman, que desempenhava o papel de presidente comercial da companhia.
Em abril, John McCarvel, presidente mundial da Crocs, pendurou as chuteiras. Ele havia avisado, em dezembro do ano passado, que iria se aposentar e desistir de seu assento no conselho da fabricante de calçados. A empresa está reestruturando o conselho depois da venda de 13% das ações preferenciais para o fundo Blackstone por meio de um investimento de 200 milhões de dólares. Os papéis podem ser convertidos em ações ordinárias em três anos.
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