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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Além do engessamento de sua gestão, provocado pelo sistema de governança imposto pela Fundação Rubem Berta, a crise da Varig foi acentuada por outros episódios ocorridos nas últimas três décadas.
Década de 80
A partir da metade dos anos 80, a Varig e as demais companhias aéreas brasileiras sofreram perdas de receita por causa do congelamento e posteriormente controle de preços de passagens estabelecido pelo Plano Cruzado. A única empresa ressarcida até agora pelo governo foi a Transbrasil, que recebeu 725 milhões de reais em 1998, antes de encerrar suas operações em 2001.
Década de 90
Em 1990, no governo do presidente Fernando Collor de Mello, a Varig foi acertada em cheio pela abertura do mercado brasileiro de aviação. Acostumada a voar praticamente sozinha para o exterior, a companhia passou a enfrentar uma concorrência à qual não estava acostumada. Além da abertura para as empresas estrangeiras, a TAM e a Vasp também obtiveram licença para fazer vôos internacionais.
Anos 2000
O mais recente golpe para a companhia foi a entrada da Gol no mercado aéreo doméstico. Com seu modelo de baixo custo e baixas tarifas, a Gol conquistou 22% do mercado brasileiro em três anos, tirando das demais companhias parte de suas receitas.
Veja o resultado da Varig ao longo dessa década e compare com outras companhias
Resultado (em % da receita) | ||
2004* | ||
Gol |
+ 14%
| |
TAM |
+ 13%
| |
Varig |
- 9%
| |
2003 | ||
Gol |
+ 8%
| |
TAM |
+ 5%
| |
Varig |
- 23%
| |
2002 | ||
Gol |
+ 1%
| |
TAM |
-18%
| |
Varig |
- 41%
| |
2001 | ||
Gol |
- 2%
| |
TAM |
- 2%
| |
Varig |
- 27%
| |
Fonte: Bain & Company |