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Operários fazem greve no porto do Açu, de Eike Batista

Bloqueio feito por trabalhadores levou praticamente todos os 8.500 trabalhadores do extenso complexo portuário a paralisar seus trabalho

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 13h50.

Rio de Janeiro - Operários ampliaram uma greve no estaleiro da OSX no porto do Açu para o segundo dia nesta quarta-feira, atrasando a construção e bloqueando um complexo industrial de propriedade do bilionário Eike Batista.

O bloqueio feito por trabalhadores sob contrato com a empresa espanhola de construção Acciona levou praticamente todos os 8.500 trabalhadores do extenso complexo portuário a paralisar seus trabalhos, disse um líder sindical.

O porto é de propriedade da LLX Logística, controlada por Eike. A Acciona é uma das principais empreiteiras construindo o estaleiro da OSX, também controlada pelo empresário.

Quase 150 empresas estão atuando nas obras em Açu, situado no norte do litoral fluminense.

Os operários realizam bloqueios a estradas que dão acesso ao porto, em São João da Barra.

"Não passa nem uma agulha", disse à Reuters José Carlos da Silva Eulálio, presidente do Sindicato da Construção Civil do Norte e Nordeste do Estado do Rio de Janeiro.

A Acciona está atrasando os pagamentos dos salários, negou o pagamento de horas extras, quebrou regras de classificação de funções e tem negado licenças aos trabalhadores, alguns dos quais não conseguem visitar suas família há 8 meses, disse o líder sindical.

A greve é o último de uma série de problemas enfrentados por Eike e seu Grupo EBX, sediado no Rio de Janeiro, com atividades no setor de petróleo, eletricidade, mineração, construção naval, portos e imobiliário, que tem visto as ações das empresas que controla despencarem 70 por cento ou mais no último ano.

A queda das ações reduziu em cerca de 20 bilhões de dólares do valor da fortuna de Eike e o fez perder o título de homem mais rico do Brasil. As quedas das ações começaram após poços de petróleo não produzirem tanto quanto esperado, projetos de mineração, portos e eletricidade atrasarem e as dívidas subirem, elevando temores de que o bilionário ficaria sem capital antes dos projetos se tornarem totalmente operacionais.

Funcionários da Acciona em Madri não responderam imediatamente a telefonemas e pedidos de comentários por e-mail.

Os assessores da LLX no Porto do Açu negaram que houvesse uma greve, mas somente uma paralisação dos trabalhadores e um bloqueio, apesar de não serem imediatamente capazes de dizer quantos trabalhadores no local estariam trabalhando.

A paralisação de funcionários da Acciona não interfere no cronograma das obras, disse a LLX.

A LLX e OSX informaram, através da assessoria, que "acompanham as negociações entre a Construtora Acciona e seus funcionários, visando garantir o respeito às leis trabalhistas e o bem-estar dos colaboradores".

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Rio de Janeiro - Operários ampliaram uma greve no estaleiro da OSX no porto do Açu para o segundo dia nesta quarta-feira, atrasando a construção e bloqueando um complexo industrial de propriedade do bilionário Eike Batista.

O bloqueio feito por trabalhadores sob contrato com a empresa espanhola de construção Acciona levou praticamente todos os 8.500 trabalhadores do extenso complexo portuário a paralisar seus trabalhos, disse um líder sindical.

O porto é de propriedade da LLX Logística, controlada por Eike. A Acciona é uma das principais empreiteiras construindo o estaleiro da OSX, também controlada pelo empresário.

Quase 150 empresas estão atuando nas obras em Açu, situado no norte do litoral fluminense.

Os operários realizam bloqueios a estradas que dão acesso ao porto, em São João da Barra.

"Não passa nem uma agulha", disse à Reuters José Carlos da Silva Eulálio, presidente do Sindicato da Construção Civil do Norte e Nordeste do Estado do Rio de Janeiro.

A Acciona está atrasando os pagamentos dos salários, negou o pagamento de horas extras, quebrou regras de classificação de funções e tem negado licenças aos trabalhadores, alguns dos quais não conseguem visitar suas família há 8 meses, disse o líder sindical.

A greve é o último de uma série de problemas enfrentados por Eike e seu Grupo EBX, sediado no Rio de Janeiro, com atividades no setor de petróleo, eletricidade, mineração, construção naval, portos e imobiliário, que tem visto as ações das empresas que controla despencarem 70 por cento ou mais no último ano.

A queda das ações reduziu em cerca de 20 bilhões de dólares do valor da fortuna de Eike e o fez perder o título de homem mais rico do Brasil. As quedas das ações começaram após poços de petróleo não produzirem tanto quanto esperado, projetos de mineração, portos e eletricidade atrasarem e as dívidas subirem, elevando temores de que o bilionário ficaria sem capital antes dos projetos se tornarem totalmente operacionais.

Funcionários da Acciona em Madri não responderam imediatamente a telefonemas e pedidos de comentários por e-mail.

Os assessores da LLX no Porto do Açu negaram que houvesse uma greve, mas somente uma paralisação dos trabalhadores e um bloqueio, apesar de não serem imediatamente capazes de dizer quantos trabalhadores no local estariam trabalhando.

A paralisação de funcionários da Acciona não interfere no cronograma das obras, disse a LLX.

A LLX e OSX informaram, através da assessoria, que "acompanham as negociações entre a Construtora Acciona e seus funcionários, visando garantir o respeito às leis trabalhistas e o bem-estar dos colaboradores".

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