Mina de níquel em Sudbury: a greve durou um ano e foi a mais longa na história desse complexo minerador (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Vale informou hoje (30/7) que espera, para o final de setembro, a volta da capacidade total de suas operações no Canadá. A afirmação foi feita durante o comentário dos resultados da empresa referentes ao segundo trimestre de 2010 (leia aqui a reportagem).
"As operações no Canadá devem estar com plena capacidade até o final de setembro", disse Tito Martins, diretor executivo de operações de metais básicos da Vale, na teleconferência. Como os funcionários estão voltando, a Vale está treinando-os novamente. A unidade está operando com 50% da capacidade, por isso vai conseguir voltar até o final de setembro.
A greve durou um ano - foi a mais longa na história do complexo minerador de Sudbury - e foi a primeira paralisação desde que a brasileira Vale adquiriu a companhia canadense de níquel Inco, em 2006. A Vale ratificou acordos coletivos de cinco anos com os sindicatos United Steelworkers (USW) Local 6500 e 6200, que representam funcionários de produção e manutenção em Sudbury e Port Colborne, Ontário, Canadá nesse mês, encerrando a paralisação.
Resultados
Os resultados apresentados pela empresa no balanço referente ao segundo trimestre foram os melhores desde o choque financeiro global de 2008, segundo a Vale. A empresa encerrou o período com lucro líquido de 6,635 bilhões de reais - valor 344,2% superior ao do segundo trimestre do ano passado.
A geração de caixa, apurada pelo ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) subiu para 10,4 bilhões de reais no último trimestre - o terceiro maior ebitda trimestral histórico - no mesmo trimestre de 2009, ela foi de 3,4 bilhões de reais. No trimestre, a receita operacional da mineradora foi de 19 bilhões de reais - 72,5% superior à do mesmo período do ano passado.
No primeiro semestre, o lucro líquido acumulado no período foi de 9,514 bilhões - aumento de 104,9% sobre o mesmo período de 2009. A receita operacional foi de 32,010 bilhões de reais - 32,4% maior. Já as exportações foram 55% superiores e encerraram junho em 10,295 bilhões de dólares. Os investimentos, excluindo aquisições, alcançaram 2,4 bilhões de dólares, sendo 2,0 bilhões de dólares gastos em crescimento orgânico.