Smartphones da Nokia: resultado de uma possível mudança só devem aparecer em 2012 (Divulgação/The Linux Foundation)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 14h00.
Helsinque - As expectativas serão fortes quando Stephen Elop, o novo presidente-executivo da Nokia, subir ao palco em um evento para investidores que acontecerá sexta-feira em Londres.
A maior fabricante mundial de celulares alertou em 27 de janeiro que seu ano de 2011 havia começado mal, mas suas ações se recuperaram rapidamente depois que Elop deu a entender que havia possibilidade de mudança na estratégia de softwares da empresa.
As ações subiram em 17 por cento, depois queda sofrida em 27 de janeiro.
A Nokia perdeu participação de mercado rapidamente no mercado de smartphones, que propiciam altas margens de lucro, diante de novos concorrentes como a Apple, e perdeu a primeira posição no mercado para o Google Android no trimestre passado, apenas dois anos depois da entrada do Google neste mercado.
Sua resposta à nova competição de primeira linha, a plataforma MeeGo, ainda não foi testada, e o software Symbian, que aciona os smartphones da companhia, perdeu atrativos para os programadores.
"Qualquer mudança na estratégia atual seria positiva para o preço das ações... Os investidores acreditam que a Nokia deveria pelo menos tentar outra plataforma. Isso geraria alta de 30 por cento nas ações da Nokia," disse Michael Walkley, analista da Canaccord.
Depois de limitar as projeções financeiras anunciadas em 27 de janeiro apenas ao primeiro trimestre, na sexta-feira Elop deve fazer projeções financeiras de longo prazo.
Os analistas antecipam, em média, que as operações de celulares devam cair ao seu ponto mais baixo em janeiro-março, e que a margem de lucro operacional comece a melhorar no segundo trimestre.
No entanto, caso Elop reformule a estratégia de software da companhia, os investidores provavelmente teriam de esperar pelos resultados até 2012, porque a introdução de novos modelos demora alguns trimestres.
Elop também pode revelar na sexta-feira mudanças importantes no comando da empresa, com a demissão de metade dos diretores --entre os quais finlandeses veteranos no grupo tais como Kai Oistamo, Niklas Savander e Tero Ojanpera, de acordo com uma reportagem de uma revista alemã.