As ações da companhia caíram pelo quarto dia consecutivo nesta quarta-feira e acumulam queda de 45% desde o anúncio da demissão do ex-presidente-executivo (Calgary Reviews/Flickr)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2011 às 12h41.
Tóquio - A Olympus reconheceu nesta quarta-feira que pagou 687 milhões de dólares para consultores financeiros quando adquiriu a empresa britânica de equipamentos médicos Gyrus, confirmando as acusações do ex-presidente-executivo Michael Woodford.
Na segunda-feira, o executivo sênior da companhia Hisashi Mori disse a investidores que a taxa paga era equivalente a menos da metade deste valor, excluindo os pagamentos feitos para a recompra de ações preferenciais da Gyrus.
A empresa japonesa informou em comunicado que havia pago a consultores financeiros 443 milhões dólares para recomprar ações preferenciais, mas não revelou o nome dos consultores e disse não ter conhecimento do paradeiro dos mesmos após a conclusão da transação.
Woodford disse ter sido aconselhado pela PriceWaterhouse Cooper que uma taxa de 1 por cento do valor de compra seria normalmente esperada em tal aquisição, podendo chegar a no máximo 2 por cento em circunstâncias excepcionais. Isso equivaleria a entre 20 milhões e 40 milhões de dólares.
O atrito entre Woodford, demitido na sexta-feira, e outros altos executivos da Olympus provocou uma queda acentuada nas ações da fabricante de instrumentos de precisão e câmera, e levantou questões sobre governança corporativa no Japão.
As ações da companhia caíram pelo quarto dia consecutivo nesta quarta-feira e acumulam queda de 45 por cento desde o anúncio da demissão de Woodford.