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Oi tem prejuízo superior a R$3,3 bi no 4º trimestre

Entre outubro e dezembro, o prejuízo líquido aos acionistas controladores foi de R$ 3,3 bilhões, cifra 65,7% maior que a apurada um ano atrás

Oi: para 2019, operadora planeja acelerar os desembolsos para R$ 7 bilhões (Nacho Doce/Reuters)

Oi: para 2019, operadora planeja acelerar os desembolsos para R$ 7 bilhões (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de março de 2019 às 09h26.

São Paulo — A operadora de telecomunicações em recuperação judicial Oi reportou um prejuízo líquido bilionário no quarto trimestre, refletindo a piora do resultado financeiro e queda nas receitas, segundo balanço divulgado na noite de terça-feira, 26, que ainda sinalizou aceleração de investimentos este ano.

Entre outubro e dezembro, o prejuízo líquido aos acionistas controladores foi de 3,359 bilhões de reais, cifra 65,7 por cento maior que a apurada um ano atrás. Em termos consolidados, o resultado líquido trimestral veio negativo em 3,343 bilhões de reais, superando em 48,4 por cento a perda de 2,253 bilhões de reais entre outubro e dezembro de 2017.

A receita líquida total encolheu 7,9 por cento na comparação anual, para 5,365 bilhões de reais, afetada principalmente pela queda de 11,7 por cento no segmento residencial, 8 por cento no corporativo (B2B) e 3,1 por cento em mobilidade pessoal.

"A comparação anual ainda está parcialmente impactada pelo reajuste de tarifas ocorrido no terceiro trimestre, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas", explicou a Oi no balanço.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina recuou 3,2 por cento no quarto trimestre, para 1,257 bilhão de reais, enquanto a margem Ebitda de rotina subiu 1,1 ponto percentual, para 23,4 por cento.

Já o resultado financeiro veio negativo em 916 milhões de reais entre outubro e dezembro, ante receita financeira de 1,927 bilhão de reais um ano atrás, quando a empresa foi contemplada com receitas de 4,6 bilhões de reais decorrentes da revisão de critérios de cálculo da provisão de contingências com a Anatel.

Ao fim de dezembro, a Oi tinha uma dívida bruta consolidada de 16,45 bilhões de reais, uma redução de 69,9 por cento em relação aos 54,62 bilhões de reais devidos um ano antes, graças à reestruturação dos débitos resultante da conclusão do processo de recuperação judicial, homologado em 5 de fevereiro de 2018.

Ainda conforme o balanço, a companhia elevou em 7,5 por cento o investimento em 2018, para 6,112 bilhões de reais, com foco principal na expansão de FTTH para oferecer banda larga de alta velocidade, além da cobertura móvel 4G e 4,5G. Para 2019, a Oi planeja acelerar os desembolsos para 7 bilhões de reais.

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