Negócios

Oi está focada em recuperação judicial, diz presidente

O presidente-executivo disse que considera "extremamente importante" que a assembleia de credores da operadora tenha sido adiada para 7 de dezembro

Oi: (Facebook/Oi/Reprodução)

Oi: (Facebook/Oi/Reprodução)

R

Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 21h44.

São Paulo - A Oi ganhará com uma injeção de capital de terceiros, mas a companhia deveria se focar em negociações entre credores e acionistas antes de se engajar com outros investidores estratégicos, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da empresa em recuperação judicial.

Em entrevista sobre os resultados da empresa no terceiro trimestre, o presidente-executivo Marco Schroeder afirmou que considera "extremamente importante" que a assembleia de credores da operadora tenha sido adiada da sexta-feira passada para 7 de dezembro, uma vez que credores e acionistas ainda não chegaram a um entendimento.

A operadora entrou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, sob peso de cerca de 65 bilhões de reais em dívidas.

A Oi divulgou lucro líquido de 8 milhões de reais entre julho e setembro ante prejuízo líquido de 1,214 bilhão sofrido um ano antes, apoiada em efeitos cambiais sobre a dívida em moeda estrangeira.

Vários grupos sem participação significativa na operadora propuseram injeção de recursos na Oi em troca de ações da empresa, incluindo TPG Capital Management e a estatal chinesa China Telecom.

"Eu creio que não é um bom momento para ter esta conversa", disse Schroeder. "Temos que superar a questão da recuperação judicial antes de nos engajar realmente com estes grupos", afirmou Schroeder.

"Eu creio que foi extremamente importante marcar a assembleia de credores para 7 de dezembro, mesmo se não for conclusiva. As pessoas começam a discutir, começam a organizar as ideias."

Se os credores votarem contra o plano de recuperação a ser apresentado na assembleia, a Oi corre o risco de ter falência decretada. Entretanto, disse Schroeder, essa possibilidade é "praticamente inexistente" uma vez que os detentores de bônus da empresa perderiam quase todo o investimento neste cenário.

Resultado

O lucro da Oi no terceiro trimestre foi o primeiro resultado positivo da companhia desde 2015. Durante o trimestre, a Oi continuou com estratégia de cortes de custos. As despesas operacionais caíram 7,2 por cento sobre o mesmo período do ano passado, para 4,321 bilhões de reais e o investimento nas instalações da empresa recuou 1,5 bilhão de reais.

Apesar disso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 2,4 por cento, para 1,6 bilhão de reais.

A Oi teve queda de 7,3 por cento nas unidades geradoras de receita, pressionadas por recuo de 10 por cento em serviços de telefonia móvel.

A dívida líquida ao final de setembro somou 44,1 bilhões de reais, ante 44,5 bilhões ao fim de junho. O caixa ficou em 7,73 bilhões de reais, alta de 8 por cento no ano a ano e de 4 por cento na comparação trimestral.

Acompanhe tudo sobre:BalançosOiRecuperações judiciais

Mais de Negócios

11 franquias mais baratas do que viajar para as Olimpíadas de Paris

Os planos da Voz dos Oceanos, nova aventura da família Schurmann para livrar os mares dos plásticos

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Prof G Pod e as perspectivas provocativas de Scott Galloway

Mais na Exame