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Oi deve anunciar venda de ativos portugueses à Altice

A Oi aprovou oferta de US$ 9,2 bilhões da Altice por seus ativos portugueses em uma reunião de conselho

Loja da Oi em São Paulo: decisão pode ser anunciada ainda hoje (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2014 às 15h00.

São Paulo -A Oi SA , segunda maior empresa de telefonia do Brasil, aprovou uma oferta de 7,4 bilhões de euros (US$ 9,2 bilhões) da Altice SA por seus ativos portugueses, ontem, em uma reunião de conselho, disseram fontes com conhecimento do assunto.

A decisão pode ser anunciada ainda hoje, disseram as fontes, que pediram anonimato porque o assunto é privado.

As empresas iniciaram negociações exclusivas no dia 1º de dezembro depois que a Altice elevou sua oferta, superando uma proposta rival conjunta da Apax Partners LLP e da Bain Capital.

A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro, poderá usar os recursos para reduzir sua dívida e financiar a consolidação em seu mercado doméstico, pois está deixando de lado a ambição de se tornar uma empresa de telecomunicações transatlântica. A Oi adquiriu os ativos portugueses há apenas um ano em uma fusão com a Portugal Telecom.

Para Patrick Drahi, o bilionário franco-israelense que controla a Altice, a aquisição dos ativos seria um segundo grande negócio neste ano, em um momento em que a indústria europeia de telefonia se consolida para reduzir os custos e recuperar os lucros.

A Altice recebeu aprovação antitruste em outubro para a compra da operadora de telefonia celular francesa SFR por US$ 23 bilhões e planeja combinar a empresa de telefonia com a provedora a cabo Numericable Group. Em junho, a Altice fechou um acordo para a aquisição da operadora Virgin Mobile, de menor porte, na França.

Os ativos portugueses de telefonia se somarão à Cabovisão e à Oni, unidades de cabo da Altice, que tem sede em Luxemburgo.

A Oi contratou o Banco BTG Pactual SA em agosto para estudar a aquisição da participação da Telecom Italia SpA na TIM Participações SA, a terceira maior empresa de telefonia do Brasil.

Quando perguntaram ao diretor interino Bayard Gontijo, no dia 13 de novembro, se a Oi poderia ser combinada com a TIM, ele disse que não teria “nenhum preconceito” em relação a como a Oi realizaria a consolidação. A Telefônica Brasil SA é a maior empresa de telefonia do país em termos de receita.

As ações da Oi caíram 2,4 por cento ontem no Brasil e a empresa encerrou o dia com um valor de mercado de cerca de US$ 4,1 bilhões. A Altice subiu 0,9 por cento para 60,23 euros hoje às 11h38 em Amsterdã, dando à companhia um valor de mercado de cerca de US$ 18,4 bilhões.

Um representante da Oi confirmou que a reunião do conselho estava sendo realizada ontem e preferiu não fazer mais comentários.

Um potencial complicador para a oferta da Altice é uma proposta de Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola e a mulher mais rica da África.

No mês passado, ela fez uma proposta de 1,2 bilhão de euros para a Portugal Telecom SGPS SA, a holding cujo maior ativo é uma fatia minoritária na empresa criada pela fusão da Portugal Telecom e da Oi.

A Portugal Telecom SGPS tem direito de veto sobre a venda de ativos portugueses da Oi, disseram fontes com conhecimento do assunto. Se a Oi vender os ativos portugueses, seria "muito provável" que Isabel dos Santos desistisse da oferta para a Portugal Telecom SGPS, disse Mário Silva, membro do conselho de uma das empresas de Isabel dos Santos, para repórteres em Lisboa ontem.

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São Paulo -A Oi SA , segunda maior empresa de telefonia do Brasil, aprovou uma oferta de 7,4 bilhões de euros (US$ 9,2 bilhões) da Altice SA por seus ativos portugueses, ontem, em uma reunião de conselho, disseram fontes com conhecimento do assunto.

A decisão pode ser anunciada ainda hoje, disseram as fontes, que pediram anonimato porque o assunto é privado.

As empresas iniciaram negociações exclusivas no dia 1º de dezembro depois que a Altice elevou sua oferta, superando uma proposta rival conjunta da Apax Partners LLP e da Bain Capital.

A Oi, que tem sede no Rio de Janeiro, poderá usar os recursos para reduzir sua dívida e financiar a consolidação em seu mercado doméstico, pois está deixando de lado a ambição de se tornar uma empresa de telecomunicações transatlântica. A Oi adquiriu os ativos portugueses há apenas um ano em uma fusão com a Portugal Telecom.

Para Patrick Drahi, o bilionário franco-israelense que controla a Altice, a aquisição dos ativos seria um segundo grande negócio neste ano, em um momento em que a indústria europeia de telefonia se consolida para reduzir os custos e recuperar os lucros.

A Altice recebeu aprovação antitruste em outubro para a compra da operadora de telefonia celular francesa SFR por US$ 23 bilhões e planeja combinar a empresa de telefonia com a provedora a cabo Numericable Group. Em junho, a Altice fechou um acordo para a aquisição da operadora Virgin Mobile, de menor porte, na França.

Os ativos portugueses de telefonia se somarão à Cabovisão e à Oni, unidades de cabo da Altice, que tem sede em Luxemburgo.

A Oi contratou o Banco BTG Pactual SA em agosto para estudar a aquisição da participação da Telecom Italia SpA na TIM Participações SA, a terceira maior empresa de telefonia do Brasil.

Quando perguntaram ao diretor interino Bayard Gontijo, no dia 13 de novembro, se a Oi poderia ser combinada com a TIM, ele disse que não teria “nenhum preconceito” em relação a como a Oi realizaria a consolidação. A Telefônica Brasil SA é a maior empresa de telefonia do país em termos de receita.

As ações da Oi caíram 2,4 por cento ontem no Brasil e a empresa encerrou o dia com um valor de mercado de cerca de US$ 4,1 bilhões. A Altice subiu 0,9 por cento para 60,23 euros hoje às 11h38 em Amsterdã, dando à companhia um valor de mercado de cerca de US$ 18,4 bilhões.

Um representante da Oi confirmou que a reunião do conselho estava sendo realizada ontem e preferiu não fazer mais comentários.

Um potencial complicador para a oferta da Altice é uma proposta de Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola e a mulher mais rica da África.

No mês passado, ela fez uma proposta de 1,2 bilhão de euros para a Portugal Telecom SGPS SA, a holding cujo maior ativo é uma fatia minoritária na empresa criada pela fusão da Portugal Telecom e da Oi.

A Portugal Telecom SGPS tem direito de veto sobre a venda de ativos portugueses da Oi, disseram fontes com conhecimento do assunto. Se a Oi vender os ativos portugueses, seria "muito provável" que Isabel dos Santos desistisse da oferta para a Portugal Telecom SGPS, disse Mário Silva, membro do conselho de uma das empresas de Isabel dos Santos, para repórteres em Lisboa ontem.

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