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Oi: Detentores de bônus podem obter direitos em plano de Sawaris

Os direitos dariam aos credores o direito de comprar um número de ações equivalente a 5% do capital total da empresa após uma injeção de capital

Oi: a data de exercício dos direitos seria após janeiro de 2018 e só seriam elegíveis investidores que tivessem títulos garantidos pela Telemar Norte Leste (Pedro Zambarda/EXAME.com)
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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 23h00.

Última atualização em 23 de dezembro de 2016 às 09h42.

São Paulo - Credores e o bilionário egípcio Naguib Sawiris propuseram a emissão de direitos como parte de um plano de reestruturação alternativo para a Oi , uma medida que daria a certos detentores de bônus melhores retornos sobre o investimento.

Os direitos dariam aos credores o direito de comprar um número de ações equivalente a 5 por cento do capital total da empresa após uma injeção de capital planejada, de acordo com um documento datado de 16 de dezembro e visto pela Reuters.

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A data de exercício dos direitos seria após janeiro de 2018 e só seriam elegíveis investidores que tivessem títulos garantidos pela Telemar Norte Leste, uma das sete unidades da Oi que pediram recuperação judicial.

Donos de bônus da Oi representados pela Moelis, que têm cerca de 20 por cento da dívida total da empresa, revelaram plano na semana passada para resgatar a dívida da empresa.

Pela proposta, o grupo detentor de títulos consideraria os direitos e uma oferta de ações de 1,25 bilhão de dólares.

Este grupo, apoiado pelo investidor estratégico Orascom TMT Investments SARL, de propriedade da Sawiris, se comprometeu a subscrever toda a nova oferta se nenhum outro investidor avançar.

Em troca, quem desse dinheiro novo teria direito a um rebate de 7,5 por cento.

Oi, Moelis e acionistas majoritários da empresa se recusaram a comentar. Karim Nasr, executivo que representa Sawiris, não estava imediatamente disponível para comentar.

A proposta ocorre semanas depois que um grupo dissidente de credores da Oi, que até novembro negociava com Moelis, organizou e manteve o G5 Evercore num esforço para maximizar as recuperações para os detentores de bônus sem garantias da Telemar.

Uma fonte próxima à Moelis disse que a estrutura de direitos foi a opção "menos traumática" para os credores dentro deste grupo, que também é composto por acionistas não-Telemar.

Mas a fonte concordou que se a Oi atender certos objetivos de desempenho, a proposta da Moelis daria aos acionistas da Telemar mais quatro pontos base de recuperação.

O plano da Moelis ressalta os esforços de alguns credores da Oi para duplicar a recuperação dos donos de títulos a cerca de 0,40 a 0,45 dólar, ante cerca de 0,18 a 0,20 dólar sob o plano original de reorganização da Oi, apresentado em 5 de setembro.

No entanto, os direitos propostos relançam as tensões entre credores porque as garantias prestadas por uma empresa em falência "valem zero", disse um investidor referindo-se à Telemar. Ele acrescentou que a taxa de rebate é "incomum".

O plano da Moelis, ainda não negociado com a Oi, acarreta troca de dívida por ações, no qual os credores converterão dívida de títulos de 24,82 bilhões de reais em uma participação de 95 por cento antes da nova oferta de ações.

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