OGX diz que Petronas não tem direito de adiar pagamento
Companhia informou que está empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas as companhias
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2013 às 22h06.
Rio de Janeiro - A petroleira OGX afirmou nesta quarta-feira em comunicado que a empresa estatal malaia Petronas, com a qual firmou acordo para venda de fatia de dois blocos na bacia de Campos, não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação e que "não há definição a esse respeito".
A Petronas anunciou nesta semana que aguarda a reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio 850 milhões de dólares. O acordo com a gigante de petróleo da Malásia é considerado crucial para a empresa de Eike Batista, que lida com dívidas crescentes e uma crise de confiança no grupo EBX.
"A companhia entende que a Petronas não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação celebrada com a OGX assim que as condições precedentes previstas no contrato sejam cumpridas, nenhuma das quais faz referência à reestruturação de dívida", disse a OGX em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira.
"De qualquer forma, no espírito de preservar a boa relação que existe entre as duas companhias, a OGX está empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas as companhias." O presidente da Petronas , Shamsul Azhar Abbas, afirmou na segunda-feira que só dará continuidade ao negócio depois da reestruturação da dívida da empresa brasileira.
A OGX informou que tomou conhecimento da declaração de Abbas pela imprensa e que em seguida entrou em contato com executivos da petroleira asiática para obter esclarecimentos.
A Reuters publicou na terça-feira que a Petronas ainda não apresentou as garantias financeiras exigidas por autoridades brasileiras para a compra de fatia de blocos da OGX, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ainda não aprovou o acordo anunciado no começo de maio devido à falta dos documentos.
Analistas avaliam que a resistência da Petronas contribuiu para a decisão da OGX de desistir de nove blocos arrematados na última rodada de licitação de petróleo.
O negócio entre OGX e Petronas já foi aprovado pelo Cade (órgão antitruste brasileiro) e dependeria apenas de aprovação da ANP, que agora encontra-se emperrada pela falta de documentação.
A empresa de Eike Batista anunciou há mais de três meses acordo com a Petronas para vender participação de 40 por cento nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, incluindo o campo de Tubarão Martelo, além de acumulações Peró e Ingá, na Bacia de Campos, por 850 milhões de dólares --a maior parte do valor só deverá ser desembolsado quando o campo começar a produzir.
O campo de Tubarão Martelo tem previsão de entrar em operação no final deste ano. Uma parte dos recursos deveria entrar neste trimestre, segundo analistas.
As ações da OGX fecharam em queda de 17,4 por cento nesta quarta-feira, cotadas a 0,57 real.
Tubarão Azul
A OGX também comentou, em comunicado, matéria da Reuters informando que a ANP concluiu a análise e rejeitou os planos da petroleira para o campo de Tubarão Azul, segundo duas fontes do governo.
A petroleira de Eike Batista reiterou nesta quarta-feira que até este momento não tem conhecimento de qualquer decisão da ANP nesse sentido.
Atualizado às 22h06min.
Rio de Janeiro - A petroleira OGX afirmou nesta quarta-feira em comunicado que a empresa estatal malaia Petronas, com a qual firmou acordo para venda de fatia de dois blocos na bacia de Campos, não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação e que "não há definição a esse respeito".
A Petronas anunciou nesta semana que aguarda a reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio 850 milhões de dólares. O acordo com a gigante de petróleo da Malásia é considerado crucial para a empresa de Eike Batista, que lida com dívidas crescentes e uma crise de confiança no grupo EBX.
"A companhia entende que a Petronas não tem direito de adiar o fechamento financeiro da transação celebrada com a OGX assim que as condições precedentes previstas no contrato sejam cumpridas, nenhuma das quais faz referência à reestruturação de dívida", disse a OGX em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira.
"De qualquer forma, no espírito de preservar a boa relação que existe entre as duas companhias, a OGX está empenhada em buscar uma solução que preserve o interesse de ambas as companhias." O presidente da Petronas , Shamsul Azhar Abbas, afirmou na segunda-feira que só dará continuidade ao negócio depois da reestruturação da dívida da empresa brasileira.
A OGX informou que tomou conhecimento da declaração de Abbas pela imprensa e que em seguida entrou em contato com executivos da petroleira asiática para obter esclarecimentos.
A Reuters publicou na terça-feira que a Petronas ainda não apresentou as garantias financeiras exigidas por autoridades brasileiras para a compra de fatia de blocos da OGX, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ainda não aprovou o acordo anunciado no começo de maio devido à falta dos documentos.
Analistas avaliam que a resistência da Petronas contribuiu para a decisão da OGX de desistir de nove blocos arrematados na última rodada de licitação de petróleo.
O negócio entre OGX e Petronas já foi aprovado pelo Cade (órgão antitruste brasileiro) e dependeria apenas de aprovação da ANP, que agora encontra-se emperrada pela falta de documentação.
A empresa de Eike Batista anunciou há mais de três meses acordo com a Petronas para vender participação de 40 por cento nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, incluindo o campo de Tubarão Martelo, além de acumulações Peró e Ingá, na Bacia de Campos, por 850 milhões de dólares --a maior parte do valor só deverá ser desembolsado quando o campo começar a produzir.
O campo de Tubarão Martelo tem previsão de entrar em operação no final deste ano. Uma parte dos recursos deveria entrar neste trimestre, segundo analistas.
As ações da OGX fecharam em queda de 17,4 por cento nesta quarta-feira, cotadas a 0,57 real.
Tubarão Azul
A OGX também comentou, em comunicado, matéria da Reuters informando que a ANP concluiu a análise e rejeitou os planos da petroleira para o campo de Tubarão Azul, segundo duas fontes do governo.
A petroleira de Eike Batista reiterou nesta quarta-feira que até este momento não tem conhecimento de qualquer decisão da ANP nesse sentido.
Atualizado às 22h06min.