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OGX, de Eike, encerra recuperação judicial

A sentença dá fim a um processo que se arrastou por quase quatro anos e envolveu a reestruturação de uma dívida de R$ 13,8 bilhões

OGX: empresa segue com situação operacional delicada e luta para sobreviver (OGX/Divulgação)

OGX: empresa segue com situação operacional delicada e luta para sobreviver (OGX/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 10h32.

Rio de Janeiro - A petroleira OGX, maior empresa do Grupo X e estopim da derrocada financeira de Eike Batista, teve sua recuperação judicial encerrada ontem pela Justiça do Rio. A sentença dá fim a um processo que se arrastou por quase quatro anos e envolveu a reestruturação de uma dívida de R$ 13,8 bilhões. Apesar disso, a empresa segue com situação operacional delicada e luta para sobreviver. O projeto agora inclui a busca de um parceiro estratégico e a venda de parte de sua fatia de 40% no bloco BS-4, na Bacia de Santos. "Sozinhos não vamos conseguir sobreviver", disse o presidente da OGX, Paulo Narcélio.

Para o executivo, o fim do processo abre portas para negociações com investidores e fornecedores. "A OGX deixa de ter o carimbo horroroso da recuperação judicial e passa a ter planos de uma empresa normal, que busca atrair investimentos."

No primeiro trimestre, a OGX amargou prejuízo de R$ 55 milhões. Embora tenha equacionado quase todo o passivo da recuperação judicial, a empresa ainda tem uma dívida de R$ 230 milhões. A OGX terá de pagar US$ 54 milhões (R$ 170 milhões) pela desconexão de uma plataforma em Tubarão Martelo. Resta também dívida de R$ 60 milhões com o consórcio detentor do BS-4.

Para quitar o débito, uma das possibilidades é vender parte da fatia de 40%. Segundo Narcélio, há quatro grupos interessados. A companhia pretende manter Tubarão Martelo, único campo que produz hoje. No BS-4, a previsão é que o primeiro óleo seja extraído em 2018.

A OGX sai da recuperação com estrutura modesta. Em outubro de 2013, quando pediu socorro, tinha 600 empregados. Hoje, possui um terço disso. Eike Batista, o antigo controlador, tem atualmente 0,65% da empresa - 95% dela está nas mãos de credores.

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