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Odebrecht anuncia investimentos de R$ 17 bi neste ano

Presidente da empresa elogiou desonerações, que aumentariam competitividade, mas apontou que, com elas, o setor público é forçado a gastar menos

Presidente da empresa elogiou desonerações, que aumentariam competitividade, mas apontou que, com elas, o setor público é forçado a gastar menos (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 21h32.

Depois de se reunir por mais de uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Odebrecht , Marcelo Odebrecht, anunciou que a empresa investirá este ano R$ 17 bilhões, contra os R$ 13 bilhões do ano passado.

Disse ainda que "está otimista" em relação ao crescimento do País, sem fazer, no entanto, qualquer tipo de previsão. Marcelo Odebrecht foi o terceiro empresário a ser recebido pela presidente Dilma nesta quinta-feira no Palácio do Planalto. "Ela está interessada em ouvir o setor empresarial para saber a nossa opinião sobre o que pode ser feito para ajudar a destravar o País, melhorar a questão dos investimentos e o crescimento do País", disse o executivo, em entrevista após o encontro.

O empresário ressalvou que "muita coisa" já está sendo feita no direcionamento para ajudar no crescimento. "Mas, obviamente a gente, agora, precisa colocar em prática os direcionamentos que existem", emendou. Segundo ele, "os gargalos são vários". "Energia é uma das coisas que entrava. Vocês estão percebendo aí. Energia tem de ser muito trabalhada, assim como a questão da infraestrutura, da competitividade, da produtividade. Acho que tem muita coisa a ser feita e existe esta consciência por parte do governo, dos empresários e dos trabalhadores. Agora, precisa é pôr em prática tudo que está aí", comentou, descartando, no entanto, na sua opinião, a possibilidade de racionamento de energia no Brasil.

Ao falar dos travas no País, ele citou como uma delas a necessidade de o governo fazer a efetiva fiscalização dos investimentos. "Quando o governo anuncia uma licitação para o setor privado, há a necessidade de, depois, o governo cada vez mais fiscalizar para ter certeza de que aqueles investimentos de fato ocorreram. Isso é importante em todas as esferas, federal, estadual e municipal porque, tem muita gente prometendo, entrando, ganhando a licitação e depois não entregando aquilo que promete. O governo precisa assumir o papel dele de fiscalizador junto às empresas que prometeram os investimentos e muitas vezes não cumprem", declarou.

Este foi um ponto muito grifado por ele, no papel com sugestões que levou à presidente. Sobre crescimento, disse que "espera o maior possível". Para ele, a linha escolhida pelo governo de desonerações é "interessante" e "tem um aspecto positivo porque aumenta a competitividade do setor privado, mas também força o setor público a gastar menos". Marcelo Odebrecht disse que entre os investimentos que interessam à empresa estão todos os da área de infraestrutura. "É saneamento, logística, portos, aeroportos", listou, elogiando o pacote de portos anunciado pelo governo, que considera que irá destravar o setor.

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Depois de se reunir por mais de uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Odebrecht , Marcelo Odebrecht, anunciou que a empresa investirá este ano R$ 17 bilhões, contra os R$ 13 bilhões do ano passado.

Disse ainda que "está otimista" em relação ao crescimento do País, sem fazer, no entanto, qualquer tipo de previsão. Marcelo Odebrecht foi o terceiro empresário a ser recebido pela presidente Dilma nesta quinta-feira no Palácio do Planalto. "Ela está interessada em ouvir o setor empresarial para saber a nossa opinião sobre o que pode ser feito para ajudar a destravar o País, melhorar a questão dos investimentos e o crescimento do País", disse o executivo, em entrevista após o encontro.

O empresário ressalvou que "muita coisa" já está sendo feita no direcionamento para ajudar no crescimento. "Mas, obviamente a gente, agora, precisa colocar em prática os direcionamentos que existem", emendou. Segundo ele, "os gargalos são vários". "Energia é uma das coisas que entrava. Vocês estão percebendo aí. Energia tem de ser muito trabalhada, assim como a questão da infraestrutura, da competitividade, da produtividade. Acho que tem muita coisa a ser feita e existe esta consciência por parte do governo, dos empresários e dos trabalhadores. Agora, precisa é pôr em prática tudo que está aí", comentou, descartando, no entanto, na sua opinião, a possibilidade de racionamento de energia no Brasil.

Ao falar dos travas no País, ele citou como uma delas a necessidade de o governo fazer a efetiva fiscalização dos investimentos. "Quando o governo anuncia uma licitação para o setor privado, há a necessidade de, depois, o governo cada vez mais fiscalizar para ter certeza de que aqueles investimentos de fato ocorreram. Isso é importante em todas as esferas, federal, estadual e municipal porque, tem muita gente prometendo, entrando, ganhando a licitação e depois não entregando aquilo que promete. O governo precisa assumir o papel dele de fiscalizador junto às empresas que prometeram os investimentos e muitas vezes não cumprem", declarou.

Este foi um ponto muito grifado por ele, no papel com sugestões que levou à presidente. Sobre crescimento, disse que "espera o maior possível". Para ele, a linha escolhida pelo governo de desonerações é "interessante" e "tem um aspecto positivo porque aumenta a competitividade do setor privado, mas também força o setor público a gastar menos". Marcelo Odebrecht disse que entre os investimentos que interessam à empresa estão todos os da área de infraestrutura. "É saneamento, logística, portos, aeroportos", listou, elogiando o pacote de portos anunciado pelo governo, que considera que irá destravar o setor.

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