Norberto (à esquerda), Emílio e Marcelo, as três gerações da família Odebrecht (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2011 às 10h38.
São Paulo – A Odebrecht sofreu mais uma derrota importante na Justiça da Bahia nesta segunda-feira (6/6). A empresa havia entrado com um pedido para o afastamento da juíza Maria de Lourdes Oliveira Araújo, que julga o caso, por considerá-la favorável à família Gradin, que prontamente se defendeu. No entanto, a juíza negou o pedido da Odebrecht. Com a rejeição, o caso será encaminhado novamente ao Tribunal de Justiça da Bahia para validar – ou rechaçar – a decisão da magistrada.
Segundo ela, os argumentos da Odebrecht “nada revelam além de seu inconformismo com relação às decisões que até então lhe foram desfavoráveis” e que “a empresa aventura-se em acusações infundadas de comprometimento de sua subjetividade (eufemismo a significar parcialidade) facilmente afastáveis”.
A Odebrecht tentou provar a parcialidade da juíza em favor dos Gradin, mas ela afirmou que “a suspeição a que ora se rebate é fadada ao insucesso, pois constituída de argumentação fragílima que se desmonta pelas próprias incongruências nela estampadas e cujo objetivo, espera-se, não seja o de procrastinar o andamento do feito principal”.
O caso tem audiência marcada para o dia 14 de julho para decidir se as partes resolverão a disputa societária por mediação ou arbitragem – como querem os Gradin. Há chances de que o Tribunal de Justiça da Bahia não tenha tempo para apreciar o processo até a data da audiência, o que obrigaria o agendamento de uma nova data. O encontro entre Odebrecht e Gradin, então, só aconteceria em meados de agosto.