Negócios

Odebrecht e Camargo Corrêa têm aval do Cade para venda na Logum Logística

Raízen, Copersucar e a estatal Petrobras vão adquirir na íntegra a participação da Odebrecht e da Camargo Corrêa, apontou Cade ao analisar a operação

IMAGEM DE ARQUIVO: Pelo negócio, Raízen, Copersucar e a estatal Petrobras, que já são sócias da Logum, vão adquirir na íntegra a participação da Odebrecht Transport e da Camargo Corrêa na companhia (Nacho Doce/Reuters)

IMAGEM DE ARQUIVO: Pelo negócio, Raízen, Copersucar e a estatal Petrobras, que já são sócias da Logum, vão adquirir na íntegra a participação da Odebrecht Transport e da Camargo Corrêa na companhia (Nacho Doce/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2018 às 12h08.

São Paulo - A Odebrecht Transport e a Camargo Corrêa Construções tiveram aprovação sem restrições pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) operação de venda de suas fatias na Logum Logística, empresa responsável por um sistema de transporte de etanol, segundo despacho do órgão antitruste no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

Pelo negócio, Raízen, Copersucar e a estatal Petrobras, que já são sócias da Logum, vão adquirir na íntegra a participação da Odebrecht Transport e da Camargo Corrêa na companhia, de 20,77 por cento e 10 por cento, respectivamente, informou o Cade, sem divulgar valores envolvidos.

Com a transação, Petrobras, Raízen e Copersucar passarão a deter 30 por cento cada uma na Logum, que ainda tem como sócia a Uniduto Logística, com 10 por cento.

Criada em 2011, a Logum construiu um sistema logístico de etanol envolvendo dutos.

"Do ponto de vista dos vendedores, a operação é de grande interesse e relevância, tendo em vista que, com a configuração societária atual, a Logum não tem perspectiva de obtenção de financiamento de longo prazo para implantação de seu projeto de expansão. Por isso, seriam necessários aportes dos acionistas... o que poderia acarretar na descontinuidade do projeto", apontou o Cade ao analisar a operação.

O órgão de defesa da concorrência defendeu em parecer que as atividades da Logum estão sob regulação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e que o negócio envolvendo as sócias da empresa "não enseja preocupações".

"As participações de mercado das requerentes são inferiores ao mínimo necessário para que se possa presumir possibilidade de fechamento de mercado (30 por cento), tanto no mercado à montante de produção de etanol quanto no mercado à jusante de logística de transporte multimodal de etanol", analisou o Cade.

Acompanhe tudo sobre:CadeCamargo CorrêaFusões e AquisiçõesNovonor (ex-Odebrecht)Petrobras

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024