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Ociosidade nos aeroportos

No transporte aéreo, ao contrário do que ocorre com os outros meios de transporte, o problema é o excesso de infra-estrutura, não a falta dela. O volume de carga transportado por via aérea é muito pequeno menos de 1% do total no Brasil e se restringe a itens de grande valor, como componentes eletrônicos e […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

No transporte aéreo, ao contrário do que ocorre com os outros meios de transporte, o problema é o excesso de infra-estrutura, não a falta dela. O volume de carga transportado por via aérea é muito pequeno menos de 1% do total no Brasil e se restringe a itens de grande valor, como componentes eletrônicos e perecíveis, como frutas. O resultado é que alguns aeroportos ficam ociosos.

Por isso, a Infraero, empresa pública que administra os principais aeroportos do Brasil, tem um projeto para atrair movimento de carga e negócios para aeroportos pouco movimentados, como o de Confins, em Belo Horizonte e com isso gerar receita. Trata-se do projeto de aeroporto-indústria, cuja idéia é atrair para as proximidades do aeroporto empresas de tecnologia. Os edifícios dessas indústrias seriam autorizados pela Receita Federal a operar como uma zona franca. Ou seja, elas poderiam manter ali peças importadas sem pagar impostos, com a condição de que o produto acabado seja exportado. O aeroporto-indústria também ficaria conectado com outros meios de transporte, como ferrovias e rodovias, para facilitar o escoamento de mercadorias. O aeroporto do Galeão, no Rio, o de Confins, em Belo Horizonte, e o de Petrolina, em Pernambuco, serão os primeiros , diz Luiz Gustavo Schild, superintendente de logística de carga da Infraero. Atualmente, fazemos uma concorrência para escolher o fornecedor de um software que permitirá à Receita monitorar as importações e exportações.

O modelo do aeroporto-indústria vem dos países desenvolvidos. Um exemplo é o Global Transpark (GTP), no estado americano da Carolina do Norte. A idéia do GTP é colocar uma estrutura multifuncional em base aérea, mas também conectada a portos, estações de trem e rodovias , disse a EXAME John Kasarda, professor da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e um dos idealizadores do GTP. "E aliar isso tudo a tecnologia de informação e apoio comercial para aprimorar a cadeia produtiva."

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