Geração Z: consumo de discos de vinil cresce entre os mais jovens (Uwe Krejci/Getty Images)
Repórter de Negócios
Publicado em 20 de novembro de 2024 às 06h05.
Entre os dias 16 e 22 de novembro é comemorada a Semana da Música e o segmento também encontrou seu espaço no e-commerce. Desde o início do ano, as pequenas e médias empresas online faturaram R$ 14,7 milhões com as vendas de produtos musicais, cerca de 26% a mais em relação a 2023. Entre os produtos mais vendidos estão CDs e cordas de violão. Os dados são da plataforma de e-commerce Nuvemshop.
O levantamento mostra que o total de produtos vendidos de 1° de janeiro a 17 de novembro foi de 207.000. Dentre os estados que mais venderam, São Paulo (R$ 8,4 milhões) liderou, seguido por Rio de Janeiro (R$ 3 milhões) e Distrito Federal (R$ 1,2 milhão). Já em relação aos meios de pagamento, o cartão de crédito representou 43% de todos os pedidos pagos, acompanhado pelo Pix (41%).
"Empreendedores que vendem produtos musicais, têm o benefício de atender a um nicho com alto valor agregado e fidelidade. No entanto, conhecer o público-alvo a fundo é de suma importância a fim de gerar conversas mais intimistas e apelo sentimental aos consumidores”, diz Daniela Spinardi, diretora de Pequenas e Médias Empresas da Nuvemshop.
A Fanatik, loja especializada em discos de vinil, CDs e fitas cassetes, é um exemplo de empreendedorismo no segmento que encontrou espaço nas vendas online. De acordo com Jonathan Castro, fundador da loja, o faturamento da empresa cresceu 20% este ano com estratégias focadas no público-alvo.
"Somos muito ativos nas redes sociais e nelas divulgamos os lançamentos das mídias dos artistas internacionais que performam muito bem em nossa loja. Trabalhamos com remarketing, newsletter, grupo exclusivo no whatsapp para clientes, promoção e divulgação com os maiores sites e perfis de fãs da internet", diz o empreendedor.
O “carro-chefe” da Fanatik são os discos de vinil, com 60% das vendas, mídia física que retornou ao grande público nos últimos anos e que tem atraído a atenção de colecionadores da geração Z.
"A geração Z não cresceu consumindo este tipo de mídia, mas compram os discos de seus artistas favoritos pela estética ou raridade. Muitas vezes eles não possuem vitrola para reproduzir estas mídias. Alguns compram os itens e os mantêm lacrados em sua coleção e não reproduzem os discos, cds e cassetes”, diz Jonathan.
O empreendedor também destaca que 80% das vendas são de artistas pop internacionais e, apesar do sucesso dos LPs, as fitas cassetes hoje representam 20% das vendas devido à recente alta na demanda.
"Mesmo não sendo uma mídia tão comum e difundida como as outras, o crescimento na procura vem acontecendo pela variedade de versões lançadas por alguns artistas internacionais que possuem grande público e que apostaram muito nesta mídia em seus últimos lançamentos”.