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O que a venda da Alpargatas tem a ver com a Lava Jato

Grupo Camargo Corrêa precisou se desfazer da participação na empresa depois de fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal

Camargo Corrêa: construtora fechou acordo de leniência com o Ministério Público Federal em agosto (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 25 de novembro de 2015 às 14h00.

São Paulo – A fabricante Alpargatas se transformou no maior conglomerado calçadista da América Latina, com ajuda das Havaianas , ícone da moda brasileira em todo o mundo.

Por trás do negócio, um dos maiores grupos empresariais do país, a Camargo Corrêa controlava cada passo desde 2002 (desde 1982 tinha participação na empresa) – até hoje, quando o controle foi vendido para a J&F .

A transação, antecipada por EXAME, rendeu R$ 2,667 bilhões para a antiga dona, um respiro financeiro considerável para quem tem nas mãos uma dívida bilionária de curto prazo e um acerto histórico a cumprir.

A holding precisava levantar o dinheiro depois da empreiteira ter sido uma das 23 envolvidas na Operação Lava Jato , que investiga corrupção na Petrobrás.

A condenação da justiça por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em julho, forçou a empresa a um acerto.

Em 17 de agosto, ela fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, em que terá de devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos. E é aí que entra a Alpargatas.

Em promoção

A fabricante foi colocada à venda, bem como uma fatia da divisão de cimento InterCement e na CPFL, como alternativa para a holding colocar as contas em dia.

A venda já era prevista pelo mercado há anos, mas foi adiantada pela urgência de engrossar o caixa, aliada a retração da economia dentro e fora do Brasil.

De acordo com a edição 1102 de EXAME, o grupo teria entrado no mês de outubro com uma dívida de curto prazo, com vencimento até junho de 2016, de R$ 2,3 bilhões.

Até lá, outro R$ 1,5 bilhão em dívida venceria. Era preciso levantar recursos para reduzir esse endividamento.

Para a revista, por e-mail, a empresa afirmou que obteve uma nova linha de crédito bancário para trocar vencimentos de 12 meses por uma dívida de prazo médio de cinco anos.

Ainda não se sabe se participações em outras empresas precisarão ser vendidas depois da venda da Alpargatas.

“Com esse movimento, a Camargo Corrêa S. A. direciona ainda mais o foco em seu principal segmento de atuação que é o desenvolvimento, construção e operação de infraestrutura”, limite-se a comentar a empresa.

O que se sabe é que a nova dona da Alpargatas deve levar adiante os planos já traçados para as marcas Havaianas, que devem virar até óculos no ano que vem.

Uma maneira de reforçar a conquista global da marca brasileira de chinelos - e a expansão da J&F por meio de negócios diversos.

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São Paulo – A fabricante Alpargatas se transformou no maior conglomerado calçadista da América Latina, com ajuda das Havaianas , ícone da moda brasileira em todo o mundo.

Por trás do negócio, um dos maiores grupos empresariais do país, a Camargo Corrêa controlava cada passo desde 2002 (desde 1982 tinha participação na empresa) – até hoje, quando o controle foi vendido para a J&F .

A transação, antecipada por EXAME, rendeu R$ 2,667 bilhões para a antiga dona, um respiro financeiro considerável para quem tem nas mãos uma dívida bilionária de curto prazo e um acerto histórico a cumprir.

A holding precisava levantar o dinheiro depois da empreiteira ter sido uma das 23 envolvidas na Operação Lava Jato , que investiga corrupção na Petrobrás.

A condenação da justiça por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, em julho, forçou a empresa a um acerto.

Em 17 de agosto, ela fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, em que terá de devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos. E é aí que entra a Alpargatas.

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A fabricante foi colocada à venda, bem como uma fatia da divisão de cimento InterCement e na CPFL, como alternativa para a holding colocar as contas em dia.

A venda já era prevista pelo mercado há anos, mas foi adiantada pela urgência de engrossar o caixa, aliada a retração da economia dentro e fora do Brasil.

De acordo com a edição 1102 de EXAME, o grupo teria entrado no mês de outubro com uma dívida de curto prazo, com vencimento até junho de 2016, de R$ 2,3 bilhões.

Até lá, outro R$ 1,5 bilhão em dívida venceria. Era preciso levantar recursos para reduzir esse endividamento.

Para a revista, por e-mail, a empresa afirmou que obteve uma nova linha de crédito bancário para trocar vencimentos de 12 meses por uma dívida de prazo médio de cinco anos.

Ainda não se sabe se participações em outras empresas precisarão ser vendidas depois da venda da Alpargatas.

“Com esse movimento, a Camargo Corrêa S. A. direciona ainda mais o foco em seu principal segmento de atuação que é o desenvolvimento, construção e operação de infraestrutura”, limite-se a comentar a empresa.

O que se sabe é que a nova dona da Alpargatas deve levar adiante os planos já traçados para as marcas Havaianas, que devem virar até óculos no ano que vem.

Uma maneira de reforçar a conquista global da marca brasileira de chinelos - e a expansão da J&F por meio de negócios diversos.

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