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O primeiro bilhão de Lavitan: o plano da Cimed para tornar a marca de vitaminas bilionária (em 2024)

Líder de mercado, o market share de Lavitan cresceu sete pontos percentuais em junho, chegando a 30%

João Adibe Marques, CEO da Cimed: "Estamos impulsionando a categoria de vitaminas no Brasil" (Erich Shibata/Divulgação)

João Adibe Marques, CEO da Cimed: "Estamos impulsionando a categoria de vitaminas no Brasil" (Erich Shibata/Divulgação)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 26 de julho de 2024 às 10h07.

Última atualização em 29 de julho de 2024 às 10h55.

Se a explosão do hidratante labial Carmed levou a Cimed a receita recorde de R$ 3 bilhões no ano passado, a marca de vitaminas Lavitan é a grande aposta da farmacêutica para chegar aos R$ 5 bilhões em 2025.

Dos R$ 5 bilhões de receita previstos para o próximo ano, R$ 1,5 bilhão deve vir de Lavitan. Mas já em 2024, o principal produto da Cimed deve alcançar seu primeiro bilhão de reais em sell out. 

“Lavitan será a primeira marca de vitaminas brasileira no salão de loja a chegar ao primeiro bilhão de reais”, diz o CEO João Adibe Marques.

A estratégia para alavancar as vendas de Lavitan já apresenta seus primeiros resultados positivos. O primeiro semestre terminou com recorde de vendas.

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Lavitan faturou R$ 82 milhões em vendas nas farmácias (B2C) em junho, crescimento de 43,1% no período, com três milhões de unidades comercializadas.

Líder de mercado, o market share de Lavitan cresceu sete pontos percentuais em junho, chegando a 30%, mais que o triplo do que da principal concorrente, Neo Química.

O mercado de vitaminas e suplementos tem ganhado tração no Brasil nos últimos anos. De acordo com dados da Euromonitor, o setor movimentou R$ 10,7 bilhões no ano passado e deve superar R$ 30 bilhões até 2028.

Outras farmacêuticas têm apostado na categoria. No início do mês, a EMS anunciou a aquisição da Vitamina-se, startup fundada pelo publicitário Augusto Cruz Neto, ex-diretor de marketing da Cimed.

O que explica o boom de vendas de Lavitan

Com o maior portfólio do mercado e ticket médio baixo, o crescimento de Lavitan é atribuído a consolidação da estratégia de marketing na tevê aberta.

Desde o ano passado, a Cimed tem apostado na associação com produções da tevê e do streaming para falar diretamente ao consumidor final. As vitaminas Lavitan, por exemplo, patrocinam um quadro do programa Domingão com Huck, da TV Globo.

Em 2023, a Cimed investiu cerca de R$ 100 milhões em campanhas de marketing. O plano é dobrar o investimento neste ano. No primeiro semestre, R$ 50 milhões já foram investidos.

No primeiro semestre deste ano, as vendas de Lavitan foram impulsionadas pela campanha "Saúde em Dobro", que estreou em maio. Na compra de uma vitamina, o consumidor leva a segunda de graça. A promoção é válida por dois dias após a divulgação aos domingos no palco do Domingão.

Agora, a Cimed se prepara para participar do programa de benefícios Familhão, que tem o apresentador Luciano Huck como sócio e cofundador.

Para participar o consumidor precisa adquirir, pelo menos, um crédito por mês, no valor de R$ 20. Cada real equivale a um ponto que poderá ser trocado por uma série de benefícios das marcas parceiras da plataforma. Todos os participantes também concorrem a um sorteio mensal de R$ 1 milhão.

Com a parceria, a Cimed vai produzir uma edição especial da vitamina, que será comercializada em kits a partir do próximo mês.

Com forte investimento em marketing, o custo de aquisição de clientes é, de fato, mais elevado. Perguntado sobre o tema, João Adibe destacou o papel educacional das campanhas na tevê aberta e afirmou que os resultados são positivos para Lavitan e para o mercado de vitaminas no Brasil. A margem de Lavitan, segundo o CEO, também está crescendo.

“Estamos impulsionando a categoria no Brasil. A campanha na tevê aberta tem um papel educacional. Vitamina não é remédio, é saúde preventiva. Hoje só 6% da população consome vitaminas, é um mercado com enorme potencial”, diz João Adibe.

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