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O fabuloso mundo do cimento: Votorantim mira ativos do setor no Brasil

Com lucro recorde até setembro depois de vender uma participação na gigante de celulose Fibria, o conglomerado segue com suas ambições de crescimento

Votorantim Cimentos: de olho em ativos no Brasil e na América do Norte (Germano Lüders/Exame)

Votorantim Cimentos: de olho em ativos no Brasil e na América do Norte (Germano Lüders/Exame)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 07h00.

A Votorantim diz que seus planos de expansão seguem ativos apesar da turbulência do comércio global e uma recuperação mais lenta do que o esperado da economia brasileira.

Com lucro recorde no acumulado até setembro depois de vender uma participação na gigante de celulose Fibria, o conglomerado está em condições de seguir com suas ambições de crescimento, que incluem possíveis aquisições de empresas de cimento no Brasil e na América do Norte, disse o diretor financeiro Sergio Malacrida.

“Nossa alavancagem está sob controle, abrindo espaço para aquisições”, disse Malacrida em entrevista por telefone. “Também continuamos de olho em energia e infraestrutura no Brasil.”

Um dos poucos emissores de dívida com grau de investimento no Brasil, a Votorantim planeja elevar os investimentos em 35% e está “muito ativa” nas negociações para aquisições, disse Malacrida. O grupo é o maior fabricante de cimento do Brasil e tem operações que vão do aço ao suco de laranja.

O maior volume de vendas no mercado brasileiro e na América do Norte ajudou a impulsionar os ganhos na divisão de cimento, com alguns sinais de recuperação no setor imobiliário doméstico. A Votorantim também permanece firme na Argentina, onde a inflação elevada atrai investimentos em imóveis, disse o executivo.

Mas, embora o grupo não tenha perdido o apetite por expansão, a empresa sente os efeitos dos preços mais baixos dos metais e da fraca atividade econômica do Brasil. A CBA, unidade de alumínio, e a fornecedora de zinco Nexa Resources registraram prejuízo de janeiro a setembro.

“A disputa comercial EUA-China parece estar perdendo força, o que poderia levar a uma recuperação das commodities”, disse Malacrida. “Do contrário, podemos ver as commodities ainda pressionadas pelo menor crescimento global.”

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