O emblemático fracasso da varejista JCPenney
ÀS SETE - A marca tem sido afetada há quase uma década pelo declínio das lojas de departamento, que estão sendo substituídas por compras online
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2018 às 06h17.
Última atualização em 2 de março de 2018 às 07h15.
Uma das maiores derrocadas do varejo americano, a JCPenney, deve publicar um resultado ainda mais fraco do que que seus últimos balanços nesta sexta-feira.
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A expectativa é que o ganho por ação fique em 0,47 dólar no quarto trimestre de 2017, ante os 0,64 dólar do mesmo período do ano anterior. A receita deve ter uma ligeira melhora e totalizar 4,05 bilhões de dólares, ante os 3,96 bilhões vistos anteriormente.
A marca tem sido afetada há quase uma década pelo declínio das lojas de departamento nos Estados Unidos, que, assim como no resto do mundo, estão sendo substituídas por compras online.
Uma série de decisões de gestão equivocadas tomadas pelo investidor ativista Bill Ackman também fazem parte da história. Sob a liderança atual, as coisas ainda não melhoraram muito. As ações caíram 77% nos últimos cinco anos e 39% nos últimos 12 meses.
A queda nas vendas fez a empresa fechar 138 lojas no último ano. Os planos da JCPenney para melhorar seus resultados inclui expandir suas operações online e adicionar novos produtos às lojas, como brinquedos e eletrodomésticos. O objetivo é tornar a JCPenney menos dependente de roupas, sapatos e móveis.
O declínio da JCPenney tem um capítulo interessante a milhares de quilômetros de distância, no Brasil. Uma antiga varejista conhecida da empresa seguiu um caminho muito diferente nos últimos anos.
A brasileira Renner, empresa que a JCPenney vendeu em 2005 por 230 milhões de dólares, agora vale 7,5 bilhões de dólares.
Enquanto isso, o valor de mercado da americana caiu dos 13 bilhões de dólares em 2005 para 1,22 bilhão atualmente. No fim das contas, a Renner vale seis vezes mais que sua antiga controladora.
A diferença de resultados das duas empresas traz algumas lições, e uma delas é a importância de pensamento no longo prazo.
A Renner é comandada por José Galló desde a separação da americana, enquanto no mesmo período a JCPenney foi para lá e para cá, em busca de soluções mágicas. Os números das duas companhias mostram quem se deu melhor nesta história.