O desmantelamento do império industrial de Eike Batista
Petroleira do empresário entrou com pedido de recuperação judicial, o mais recente golpe ao seu império em processo de desagregação
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h45.
São Paulo - A petroleira OGX entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, no mais recente golpe ao império industrial do ex-bilionário Eike Batista em processo de desagregação.
A OGX sempre foi o carro-chefe do grupo EBX, um conglomerado de energia, mineração e logística antes avaliado em 60 bilhões de dólares. Mas a produção decepcionante dos campos marítimos de petróleo dizimaram em mais de 90 por cento o valor de mercado da petroleira em um ano, dando início a uma reação em cadeia entre outras empresas listadas de Batista.
Em busca de capital novo para atender as obrigações de dívida e manter as operações funcionando, Eike foi forçado a trazer novos investidores e diluir seus ativos, quebrando um império do qual ele tinha o controle total.
Abaixo está a condição das outras cinco empresas listadas do grupo EBX: MPX Energia SA A alemã E.ON SE assumiu o controle da geradora de energia MPX Energia em março, triplicando sua participação com um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares. O nome da companhia foi mudado para Eneva SA em setembro.
Em julho, Eike deixou a presidência do Conselho da empresa de energia depois de reduzir sua participação à metade, para 27 por cento neste ano. Eike pode vender sua fatia remanescente, disse a companhia em comunicado divulgado em setembro.
A E.ON é a maior acionista da Eneva, com 38 por cento do total.
LLX Logística SA
Eike cedeu o controle da operadora portuária LLX para o grupo de investimentos EIG Global Energy Partners LLC em agosto, em negócio de 559 milhões de dólares. O empresário deixou o cargo de presidente do Conselho da LLX.
A fatia de Eike, antes controlador, caiu para 21 por cento na LLX, cujo principal projeto, o Porto de Açu, é considerado o maior investimento da América Latina em infraestrutura portuária.
MMX Mineração e Metálicos SA
A companhia de mineração MMX vendeu o controle de um importante porto de minério para a empresa holandesa Trafigura Beheer BV e o fundo soberano Mubadala Development, baseado em Abu Dhabi, por quase 1 bilhão de dólares em outubro.
No negócio, Trafigura e o Mubadala, maior credor individual de Eike, ficaram com uma fatia de 65 por cento do Porto Sudeste da MMX, ainda em construção e previsto para funcionar em meados de 2014.
A chinesa Wuhan Iron and Steel Co, também conhecida como Wisco, e a coreana SK Networks, unidade da SK Holdings Co, possuem fatias minoritárias na MMX.
OSX Brasil SA
A construtora naval OSX está trabalhando para refinanciar suas dívidas na tentativa de evitar um pedido de recuperação judicial, disseram fontes à Reuters. A OSX disse na segunda-feira que não tem planos de fazer o pedido por proteção "no momento".
Em maio, a OSX reprojetou da construção de estaleiro em Açu, antes desenhado para ser o maior do Hemisfério Sul. Neste mês, a construtora naval, na qual a coreana Hyundai Heavy Industries Co Ltd possui fatia de 10 por cento, disse que pode considerar diversas opções, incluindo uma fusão com rivais, mas não elaborou.
CCX Carvão da Colombia SA
A mineradora de carvão CCX disse na terça-feira que está entrando na etapa final de conversações para vender cerca de 450 milhões de dólares em ativos na Colômbia para o grupo turco Yildirim Holding Inc.
As companhias esperam finalizar a venda das minas abertas Cañaverales e Papayal até o final de dezembro, em negócio avaliado em 50 milhões de dólares, disse a CCX. As conversações para vender a mina subterrânea San Juan associada à infraestrutura ferroviária e portuária, avaliada em 400 milhões de dólares, devem ser concluídas até o final de abril de 2014.
Eike anunciou planos de saída da bolsa da mineradora de carvão em janeiro, menos de um ano depois que a companhia abriu o capital. A companhia abandonou planos de deixar a bolsa em junho.
São Paulo - A petroleira OGX entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, no mais recente golpe ao império industrial do ex-bilionário Eike Batista em processo de desagregação.
A OGX sempre foi o carro-chefe do grupo EBX, um conglomerado de energia, mineração e logística antes avaliado em 60 bilhões de dólares. Mas a produção decepcionante dos campos marítimos de petróleo dizimaram em mais de 90 por cento o valor de mercado da petroleira em um ano, dando início a uma reação em cadeia entre outras empresas listadas de Batista.
Em busca de capital novo para atender as obrigações de dívida e manter as operações funcionando, Eike foi forçado a trazer novos investidores e diluir seus ativos, quebrando um império do qual ele tinha o controle total.
Abaixo está a condição das outras cinco empresas listadas do grupo EBX: MPX Energia SA A alemã E.ON SE assumiu o controle da geradora de energia MPX Energia em março, triplicando sua participação com um investimento de cerca de 1 bilhão de dólares. O nome da companhia foi mudado para Eneva SA em setembro.
Em julho, Eike deixou a presidência do Conselho da empresa de energia depois de reduzir sua participação à metade, para 27 por cento neste ano. Eike pode vender sua fatia remanescente, disse a companhia em comunicado divulgado em setembro.
A E.ON é a maior acionista da Eneva, com 38 por cento do total.
LLX Logística SA
Eike cedeu o controle da operadora portuária LLX para o grupo de investimentos EIG Global Energy Partners LLC em agosto, em negócio de 559 milhões de dólares. O empresário deixou o cargo de presidente do Conselho da LLX.
A fatia de Eike, antes controlador, caiu para 21 por cento na LLX, cujo principal projeto, o Porto de Açu, é considerado o maior investimento da América Latina em infraestrutura portuária.
MMX Mineração e Metálicos SA
A companhia de mineração MMX vendeu o controle de um importante porto de minério para a empresa holandesa Trafigura Beheer BV e o fundo soberano Mubadala Development, baseado em Abu Dhabi, por quase 1 bilhão de dólares em outubro.
No negócio, Trafigura e o Mubadala, maior credor individual de Eike, ficaram com uma fatia de 65 por cento do Porto Sudeste da MMX, ainda em construção e previsto para funcionar em meados de 2014.
A chinesa Wuhan Iron and Steel Co, também conhecida como Wisco, e a coreana SK Networks, unidade da SK Holdings Co, possuem fatias minoritárias na MMX.
OSX Brasil SA
A construtora naval OSX está trabalhando para refinanciar suas dívidas na tentativa de evitar um pedido de recuperação judicial, disseram fontes à Reuters. A OSX disse na segunda-feira que não tem planos de fazer o pedido por proteção "no momento".
Em maio, a OSX reprojetou da construção de estaleiro em Açu, antes desenhado para ser o maior do Hemisfério Sul. Neste mês, a construtora naval, na qual a coreana Hyundai Heavy Industries Co Ltd possui fatia de 10 por cento, disse que pode considerar diversas opções, incluindo uma fusão com rivais, mas não elaborou.
CCX Carvão da Colombia SA
A mineradora de carvão CCX disse na terça-feira que está entrando na etapa final de conversações para vender cerca de 450 milhões de dólares em ativos na Colômbia para o grupo turco Yildirim Holding Inc.
As companhias esperam finalizar a venda das minas abertas Cañaverales e Papayal até o final de dezembro, em negócio avaliado em 50 milhões de dólares, disse a CCX. As conversações para vender a mina subterrânea San Juan associada à infraestrutura ferroviária e portuária, avaliada em 400 milhões de dólares, devem ser concluídas até o final de abril de 2014.
Eike anunciou planos de saída da bolsa da mineradora de carvão em janeiro, menos de um ano depois que a companhia abriu o capital. A companhia abandonou planos de deixar a bolsa em junho.