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O acordo que fará o Spotify fazer ainda mais barulho

Com selo Merlin, Spotify fecha acordo de anos com agência que representa mais de 20.000 gravadoras independentes – e fica mais próximo de um IPO

 (Reprodução/YouTube/Spotify Brasil/Reprodução)

(Reprodução/YouTube/Spotify Brasil/Reprodução)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 21 de abril de 2017 às 08h00.

Última atualização em 21 de abril de 2017 às 17h13.

São Paulo – O Spotify fechou nesta semana um acordo de licenciamento de longos anos com o Merlin Indie, selo representa mais de 20.000 gravadoras independentes, como Beggars Group, cujos artistas incluem Radiohead, e Domino Records, que cuida do Arctic Monkeys.

Na prática, o contrate permite que artistas independentes possam lançar novos álbuns para os usuários pagantes do Spotify primeiro, se quiserem – os não assinantes poderiam ter acesso ao conteúdo duas semanas depois.

"A música independente tem sido uma grande parte do nosso sucesso desde o primeiro dia e estou super feliz em dizer que temos um novo contrato de vários anos com a Merlin", disse o CEO da companhia, Daniel Ek, em comunicado à imprensa.

A parceria é semelhante a fechada no início do mês com a Universal, a maior gravadora do mundo. Um esforço para renovar contratos com as outras duas maiores, Sony e Warner, também está sendo feito.

Para analistas americanos, todo esse movimento significa muito mais que a garantia de mais assinantes e publicidade: um passo grande em direção ao IPO.

Isso porque, para a abertura de capital, a companhia teria de ter uma estrutura sólida de negócio, com previsões seguras de faturamento e rentabilidade a ponto de atrair investidores.

Além da parte operacional, o Spotify conta com a tendência de crescimento do setor.

Pela primeira vez na história da indústria musical americana, o streaming representa a maioria das receitas, cujo crescimento chegou ao nível mais alto dos últimos 20 anos nos Estados Unidos - um salto de 11,4% em 2016 para uma receita anual de 7,7 bilhões de dólares, a mais alta desde 1998.

Mais da metade das receitas (51%) vieram do streaming e das assinaturas de serviços digitais como Spotify, Apple Music e Tidal, em comparação aos 9% em 2011.

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