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Novo presidente da Boeing tenta restaurar a confiança na empresa

A empresa divulgou os resultados do segundo trimestre no final de julho, que ficaram abaixo das previsões dos analistas, com um prejuízo líquido de US$ 1,44 bilhão

Kelly Ortberg é o novo presidente da Boeing (Boeing Brasil/Divulgação)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 11h28.

Última atualização em 8 de agosto de 2024 às 15h48.

Kelly Ortberg, que assume o comando da Boeing nesta quinta-feira, 8, disse em uma mensagem aos funcionários que há "muito" trabalho a ser feito para restaurar a confiança na fabricante de aeronaves e se mostrou otimista em relação ao futuro.

"Claramente, temos muito trabalho a fazer, mas estou confiante de que, trabalhando juntos, recolocaremos a empresa em uma posição de liderança que se espera dela", disse Ortberg, 64 anos, em uma mensagem aos funcionários divulgada pelo grupo.

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É a primeira declaração desde o anúncio de sua nomeação em 31 de julho para suceder Dave Calhoun, o número um da Boeing desde janeiro de 2020. Calhoun permanecerá como conselheiro especial do conselho até sua aposentadoria em março de 2025.

O principal desafio do novo presidente da Boeing será restaurar a qualidade da produção do braço de jatos comerciais da Boeing (BCA).

"Há vidas que dependem do que fazemos todos os dias e devemos ter isso em mente como uma prioridade em cada decisão que tomamos", acrescentou o novo titular da fabricante, um engenheiro de formação e ex-número um da Rockwell Collins (agora Collins Aerospace, uma subsidiária da RTX ).

Ele também confirmou que ficará baseado em Seattle (noroeste), a terra natal do grupo, "para estar mais próximo das linhas de produção e dos programas de desenvolvimento".

Ortberg chega à Boeing em um momento em que a fabricante de aeronaves está tentando se recuperar de uma série de problemas de segurança, controle de qualidade e queda na produção.

A Boeing divulgou os resultados do segundo trimestre no final de julho, que ficaram bem abaixo das previsões dos analistas, com um prejuízo líquido de US$ 1,44 bilhão (8,07 bilhões de reais) devido à redução das entregas de aeronaves comerciais.

As receitas caíram 14,6%, para US$ 16,9 bilhões (109 bilhões de reais).

A Boeing está sob o escrutínio das autoridades dos EUA depois que um 737 MAX operado pela Alaska Airlines teve que fazer um pouso de emergência em janeiro, depois que um painel da fuselagem se soltou em pleno voo.

O incidente causou indignação no Congresso dos EUA e preocupação entre os clientes.
Depois de dois acidentes em 2018 e 2019 que mataram 346 pessoas, a Boeing concordou em se declarar culpada de fraude na certificação do modelo MAX como parte de um acordo com o Departamento de Justiça, disseram as autoridades em 24 de julho.

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