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Novartis acusada de pagar farmácias para recomendar remédios

Segundo denúncia, a empresa pagou às farmácias "para orientar milhares de pacientes" para que preferissem seu produto aos genéricos

Sede da Novartis: o grupo suíço já foi processado por fraude contra os serviços de segurança em saúde nos Estados Unidos (Andrew/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 08h45.

Nova York - A justiça dos Estados Unidos anunciou na terça-feira uma investigação sobre o laboratório farmacêutico suíço Novartis , acusado de ter subornado pelo menos 20 farmácias para que recomendassem um de seus medicamentos, o Myfortic, em troca de lucros sobre as vendas.

Segundo o texto da ação apresentada por um promotor, desde 2005 a Novartis pagou às farmácias "para orientar milhares de pacientes que haviam recebido um transplante" para que preferissem seu produto aos genéricos ou os de outras empresas com "subornos por meio de descontos ou promoções".

Como exemplo, uma farmácia de Los Angeles recebeu 5% das vendas anuais de Myfortic em troca do convencimento de entre 700 a 1.000 pacientes para que utilizassem o remédio.

As práticas ilegais teriam "levado a pagamentos de dezenas de milhões de dólares" pelo Myfortic que saíram dos fundos dos programas de saúde do governo dirigidos às pessoas mais velhas ou pobres.

"A Novartis rejeita as acusações e utilizará todos os mecanismos disponíveis em sua defesa", escreveu um porta-voz da empresa em um e-mail enviado à AFP.

O grupo suíço já foi processado por fraude contra os serviços de segurança em saúde nos Estados Unidos. Em 2010, o laboratório aceitou pagar 422,5 milhões de dólares para acabar com um litígio por acusações de promoção ilegal do Trileptal, um remédio para tratamento da epilepsia.

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Segundo o texto da ação apresentada por um promotor, desde 2005 a Novartis pagou às farmácias "para orientar milhares de pacientes que haviam recebido um transplante" para que preferissem seu produto aos genéricos ou os de outras empresas com "subornos por meio de descontos ou promoções".

Como exemplo, uma farmácia de Los Angeles recebeu 5% das vendas anuais de Myfortic em troca do convencimento de entre 700 a 1.000 pacientes para que utilizassem o remédio.

As práticas ilegais teriam "levado a pagamentos de dezenas de milhões de dólares" pelo Myfortic que saíram dos fundos dos programas de saúde do governo dirigidos às pessoas mais velhas ou pobres.

"A Novartis rejeita as acusações e utilizará todos os mecanismos disponíveis em sua defesa", escreveu um porta-voz da empresa em um e-mail enviado à AFP.

O grupo suíço já foi processado por fraude contra os serviços de segurança em saúde nos Estados Unidos. Em 2010, o laboratório aceitou pagar 422,5 milhões de dólares para acabar com um litígio por acusações de promoção ilegal do Trileptal, um remédio para tratamento da epilepsia.

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