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Petrobras contrata PwC para auditar exercícios 2015 e 2016

A empresa PricewaterhouseCoopers foi contratada pela Petrobras para prestar serviços de auditoria contábil nos exercícios sociais da estatal de 2015 e 2016


	Petrobras: a estatal não informou o valor do contrato
 (Yasuyoshi Chiba/AFP)

Petrobras: a estatal não informou o valor do contrato (Yasuyoshi Chiba/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 00h01.

A empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes foi contratada pela Petrobras para prestar serviços de auditoria contábil nos exercícios sociais da estatal de 2015 e 2016.

A decisão, tomada pelo Conselho de Administração da estatal, na sexta-feira dia 27 de fevereiro, durante uma reunião, foi divulgada hoje (2) por meio de nota da empresa. A Petrobras não informou o valor do contrato.

A Price que já faz auditoria externa para a Petrobras, não assinou o balanço do terceiro trimestre de 2014, divulgado pela empresa na madrugada do dia 28 de janeiro.

Na divulgação das demonstrações contábeis do período, a estatal explicou que os resultados não foram revisados pelos auditores independentes, mas que os dados estavam sendo apresentados com “o objetivo de atender obrigações da Companhia (covenants) em contratos de dívida e facultar o acesso às informações aos seus públicos de interesse, cumprindo com o dever de informar ao mercado e agindo com transparência com relação aos eventos recentes que vieram a público no âmbito da Operação Lava Jato”, informou o comunicado.

A Price questionou auditar o balanço sem que os prejuízos da Petrobras com os desvios de recursos fossem avaliados na totalidade. Nos comentários aos acionistas e investidores para a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2014, a então presidenta da Petrobras, Graça Foster, informou que, por causa dos fatos e provas produzidos no âmbito da Operação Lava Jato, a empresa tinha adiado a divulgação do dia 13 de novembro de 2014.

Foster acrescentou que “os depoimentos aos quais a Petrobras teve acesso revelaram a existência de atos ilícitos, como cartelização de fornecedores e recebimentos de propinas por ex-empregados, indicando que pagamentos a tais fornecedores foram indevidamente reconhecidos como parte do custo de nossos ativos imobilizados, demandando, portanto, ajustes. Entretanto, concluímos ser impraticável a exata quantificação destes valores indevidamente reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetuados por fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da Companhia”, esclareceu.

Por isso, no balanço do terceiro trimestre de 2014, a empresa reconheceu que “em face da impraticabilidade de identificar os pagamentos indevidos de forma correta, completa e definitiva, e da necessidade de corrigir esse erro, a companhia decidiu utilizar duas modalidades”, relatou Graça Foster.

A Petrobras usou o conceito de diferença entre o valor justo (fair value) de cada ativo e seu valor contábil; e a quantificação do sobrepreço decorrente de atos ilícitos usando informações, números e datas revelados nos depoimentos e termos de colaboração premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

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