Negócios

Pedro Parente assumirá presidência da Petrobras, diz governo

O ex-ministro aceitou o convite para assumir a presidência da Petrobras, informou o Palácio do Planalto

Pedro Parente: Parente foi ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente FHC (Fabiano Accorsi / VOCÊ S/A)

Pedro Parente: Parente foi ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente FHC (Fabiano Accorsi / VOCÊ S/A)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 19h40.

Última atualização em 4 de abril de 2017 às 14h58.

Brasília - O ex-ministro Pedro Parente aceitou o convite do presidente interino Michel Temer para assumir o comando da Petrobras, informou o Palácio do Planalto nesta quinta-feira.

Formado em Engenharia, Parente, 63, foi ministro de duas pastas no governo do ex-presidente de Fernando Henrique Cardoso: Planejamento e Casa Civil. Ele também presidiu a unidade brasileira da trading de commodities Bunge e atualmente é chairman da BM&FBovespa.

A escolha de Parente para liderar a Petrobras no lugar de Aldemir Bendine foi antecipada há dois dias pela Reuters.

Petroleira mais endividada do mundo, a Petrobras é protagonista do escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, envolvendo empreiteiras, executivos e políticos. A empresa também está sofrendo com a queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

As tarefas imediatas de Parente incluem acelerar o plano de venda de 15,5 bilhões de dólares em ativos da Petrobras e reduzir custos para melhorar a saúde financeira da companhia.

A escolha de um novo nome para comandar a estatal ocorre uma semana após Temer ter assumido interinamente a Presidência da República, depois que o Senado aprovou a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e a afastou do cargo por até 180 dias sob a acusação de violar leis orçamentárias.

Uma fonte ouvida pela Reuters em 17 de maio afirmou que Temer e seus assessores estão discutindo maneiras de manter o diretor de Finanças da Petrobras, Ivan Monteiro, que em fevereiro do ano passado migrou do Banco do Brasil para a diretoria da petroleira junto com Bendine.

A nomeação de Parente também marca seu retorno à Petrobras após 14 anos. O executivo ocupou uma cadeira no Conselho de Administração da petroleira, também durante o governo de Fernando Henrique.

Ele estava no Conselho da estatal quando a administração tucana acabou com o monopólio da Petrobras sobre a exploração e produção de petróleo no país, em 1997.

Procurada, a Petrobras não fez comentários imediatamente sobre a escolha de Parente para presidir a companhia. A BM&FBovespa não se pronunciou sobre a permanência ou não do executivo como seu chairman.

Texto atualizado às 19h40

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasFernando Henrique CardosoIndústria do petróleoPedro ParentePersonalidadesPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Negócios

China facilita investimentos estrangeiros em empresas listadas com novas diretrizes

Após incêndio, Cacau Show reinaugura fábrica com investimento de R$ 150 milhões

Com abordagem centrada no usuário, Alice é referência para planos de saúde driblarem a crise

Startup de Ilhéus quer ser 'consultor financeiro' das hotelarias e já movimentou R$ 1 bilhão