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Não estamos em corrida de Fórmula 1, diz CEO do Carrefour

O presidente do grupo Carrefour comentou sobre motivo de a companhia estar reforçando sua estratégia no Brasil num momento em que o consumo desacelera no país


	Carrefour: para presidente, a empresa tem potenciais de melhoria das operações no Brasil
 (Fernando Camino/Getty Images)

Carrefour: para presidente, a empresa tem potenciais de melhoria das operações no Brasil (Fernando Camino/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 15h25.

São Paulo - O presidente do grupo Carrefour, Georges Plassat, falou nesta quinta-feira, 18, sobre o ambiente competitivo no varejo de alimentos do Brasil, descartando que voltar a ocupar a liderança seja a prioridade da companhia.

"Não estamos em uma corrida de Fórmula 1", respondeu a jornalistas sobre a disputa de mercado que a rede trava com o Grupo Pão de Açúcar (GPA).

Para ele, a empresa tem potenciais de melhoria das operações no Brasil.

Ele citou os investimentos para relançar o comércio eletrônico no país. Segundo ele, no passado as vendas por internet alcançaram um patamar de € 300 milhões por ano de faturamento.

Plassat comentou ainda sobre o motivo de a companhia estar reforçando sua estratégia no Brasil num momento em que o consumo desacelera no país.

"O período é bom para negócios de alimentos porque as pessoas estão reduzindo seus gastos em outros itens de consumo, como bens duráveis", comentou.

Diferente do Carrefour, o GPA tem uma exposição ao segmento de eletroeletrônicos, por meio da Via Varejo.

Abilio Diniz, que também participou da teleconferência, considerou que a "situação do Brasil é muito boa para distribuidores de alimentos".

"Além disso, não creio que o Brasil esteja numa situação ruim, estamos no início de um novo governo, um novo ciclo, e temos que ser otimistas", completou.

Considerando apenas os negócios de alimentos, o GPA detinha uma fatia de 15,9% do mercado em 2013, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) compilados pelo Santander em relatório recente. Já o Carrefour tinha cerca de 15,6%.

"Passado é passado"

"Tudo o que ficou no passado é passado, eu vivo no presente e olhando para o futuro", resumiu Diniz sobre o sentimento de virar competidor de uma empresa que ele antes controlou.

Diniz volta ao varejo depois de pouco mais de um ano de sua despedida do Grupo Pão de Açúcar (GPA) após conflitos com o novo controlador, o Casino.

Ele anunciou a compra de 10% da subsidiária brasileira do maior concorrente do GPA, o Carrefour.

"Agora, lugar de gente feliz é aqui", disse o empresário, numa paródia do slogan da rede Pão de Açúcar.

Em teleconferência com jornalistas sobre o negócio com o Carrefour, ele disse que o momento é "muito especial para minha vida profissional". "Eu pretendo ser muito feliz neste momento", acrescentou.

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